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Minimercados: um novo jeito de ir às compras

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 15/04/2021

Basket filled healthy food
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Com a pandemia do novo Coronavírus, os projetos de minimercados em condomínios ganharam força e se tornaram realidade em um número considerável de unidades pelo país.

Dados de uma pesquisa da Veja Insights em parceria com a consultoria EY Parthenon, publicada em setembro de 2020, mostram que, entre os novos hábitos dos brasileiros, destacam-se cozinhar mais em casa (69%) e comprar mais alimentos pela Internet (39%). 

Atenta às tendências do consumidor, uma série de empresas, aliando investimentos em tecnologia com a proposta de comodidade, passou a investir pesado em redes condominiais de conveniência. Com essa nova solução, o morador não precisa mais ir ao mercado; o mercado vai até ele. Instalados nas áreas comuns dos prédios, os postos de autosserviço evitam saídas desnecessárias e aglomerações em supermercados, farmácias e lojas, permitindo que os condôminos cumpram em segurança o isolamento social.

Baseados na chamada Low Touch Economy, que em tradução livre em Português significa Economia de Baixo Contato, os minimercados funcionam 24 horas por dia e não contemplam nenhuma interação entre cliente e vendedor, já que não possuem empregados. É praticidade para o condômino e vantagem para as diferentes marcas e fornecedores de produtos, que ganham mais um canal de venda.

Conheça a seguir algumas empresas que oferecem (e lucram alto com) o autoatendimento em condomínios:

Hirota

A rede de supermercados Hirota, criada na década de 1970, lançou durante a pandemia o Hirota Express Em Casa. O projeto contempla contêineres de 18 metros quadrados, compostos de vitrines e áreas refrigeradas e instalados em condomínios com, pelo menos, 300 unidades. Nelas, mais de 500 tipos de produtos — alimentos perecíveis e não-perecíveis, itens de higiene e limpeza e bebidas — são comercializados.

Totalmente automatizado, o processo de compra envolve um aplicativo que o condômino baixa em seu smartphone e onde pode cadastrar sua biometria ou gerar um QR code, para acessar a loja. Uma vez dentro do mercado, o cliente escolhe os produtos nas prateleiras e finaliza a compra em terminais de auto pagamento. Todo o ambiente é filmado para garantir a segurança da empresa e do consumidor e não há qualquer interação humana. 

“Além de ser vantajoso ao morador, que faz suas compras no conforto e segurança do condomínio e pagando o mesmo preço dos produtos de nossa rede física, o projeto remunera o condomínio em 2% sobre a venda bruta, como pagamento de aluguel”, conta Hélio Freddi Filho, diretor de Expansão e Comunicação da Hirota.

Já são 16 lojas na capital e ABC paulista, mas o plano é chegar ao fim de 2021 com 52 unidades. “O contrato é muito simples e pode ser rescindido por qualquer uma das partes sem penalidades. Ficamos responsáveis pela instalação, obras e energia. O condomínio apenas cede o espaço”.

Market4U

A ausência de contato também é uma marca da Market4u, startup fundada em 2019 e que já possui 879 unidades, em 22 estados brasileiros.

“Iniciamos com condomínios grandes. Depois de alguns meses, realizamos estudos e identificamos que a maior parte dos prédios no Brasil é pequena e se divide entre classes A, B e C. Assim, reconstruímos nosso modelo para atender prédios a partir de 50 unidades e de todos os perfis. Para nós, não existe condomínio ruim, queremos atender todos”, afirma Melissa Pscheidt, Gerente de Comunicação da Market4U.

Pessoa segurando um celular com o aplicativo da empresa Market4u na tela
Através de um aplicativo, o morador confere o preço dos produtos e cadastra o cartão de crédito que será usado para os pagamentos

Assim como ocorre na Hirota, os clientes da Market4U precisam baixar um aplicativo em seu celular para utilizar os serviços do minimercado. Durante o cadastro no app, a empresa checa os dados do condômino, o que permite impedir, por exemplo, menores de 18 anos de idade de acessarem os freezers de bebidas alcoólicas das lojas. 

Ainda no aplicativo, o cliente cadastra um cartão de crédito, por onde fará o pagamento. No momento da compra, basta ele ler o código de barras dos produtos escolhidos com o smartphone que, automaticamente, um carrinho virtual no aplicativo irá registrar o valor total, fechará o pagamento e fará a cobrança ao cartão.

Homem jovem usando camisa preta com fundo escuro
Lucas é síndico de um condomínio com moradores entre 25 e 35 anos de idade e conta que o uso diário do minimercado acontece de forma muito tranquila

Todos os processos, desde a reposição de estoque até a limpeza e segurança da loja, ficam sob responsabilidade da empresa, não onerando em nada o condomínio, que também recebe um percentual das vendas. “O Market4U roda basicamente ‘no automático’ e demanda muito pouco da administração do condomínio. A gente só fica com o trabalho bacana de sugerir melhorias e conferir o histórico de consumo do prédio mensalmente. Nosso prédio possui um público majoritariamente de pessoas de 25 a 35 anos e, por isso, o uso diário tem ocorrido de uma forma muito tranquila. Os feedbacks são 100% positivos”, conta Lucas Mondoni, síndico do Villagio do Ipiranga, condomínio com 45 unidades, parceiro da Market4U há três meses. 

+ Reportagem conta como funciona a instalação de minimercados em condomínios residenciais

 

Numenu

O padrão de compra e o feedback do consumidor são itens cruciais no modelo de negócio adotado pela Numenu, uma das empresas do BMG UpTech, braço do Grupo BMG que investe em inovação e startups. 

Nela, os produtos são escolhidos e pagos pelo condômino via aplicativo. Graças à tecnologia de dados, o app aprende o que está sendo vendido e, com base no comportamento do cliente, a empresa reabastece as lojas. O objetivo é vender exatamente o que os moradores precisam e compram. 

Com o slogan “Além de nós, ninguém precisará fazer nada!”, a Numenu atende mais de vinte condomínios com, pelo menos, 80 unidades cada.

Vendify

Especializada em lojas de conveniência para escritórios, a Vendify teve que se reinventar com a pandemia e o home office forçado em boa parte do país. A saída encontrada pelos executivos da empresa foi o investimento em lojas contêineres para condomínios. 

Estrutura do minimercado com paredes de vidro instalado em área externa
A Vendify foca em unidades com, pelo menos, 500 condôminos, espaço ocioso de, no mínimo, oito metros quadrados, um ponto elétrico de 220V e um ponto de rede com internet

“A procura tem dobrado a cada trimestre, tendo como acelerador o aumento de pessoas que passaram a trabalhar no regime de Home Office”, destaca Valdemir de Araújo Júnior, CEO da Vendify.

A empresa foca em unidades com, pelo menos, 500 condôminos, espaço ocioso de, no mínimo, oito metros quadrados, um ponto elétrico de 220V e um ponto de rede com internet para o sistema de pagamento. Calcadas na filosofia do “Honest Market” ou mercado de confiança, suas lojas têm prateleiras e refrigeradores abertos, como em um supermercado tradicional, onde o consumidor fica livre para pegar o produto que quiser e, logo depois, faz o pagamento em terminais de self-checkout.

“O modelo de honest market está ligado diretamente a questões comportamentais. Funciona bem, mas é necessária uma comunicação ativa para a inibição de desvios. As lojas são monitoradas por câmeras 24h e as imagens são consultadas, caso haja necessidade”, reforça Valdemir.

Vending Tudo

Se o seu condomínio carece de espaço para a implantação de contêineres, uma opção são as máquinas de vendas. As também chamadas vending machines são aparelhos automatizados nos quais o consumidor digita a opção de produto desejada no painel e, mediante pagamento em notas de dinheiro, moedas ou cartão, o produto é liberado na própria máquina. Esse é o núcleo do negócio da Vending Tudo.

A empresa, criada em 2014, possui máquinas refrigeradas com capacidade de comercializar cerca de mil itens e estocar mais 600, entre produtos básicos para o dia a dia, como itens de limpeza, higiene e alimentos.  O equipamento conta ainda com uma TV de Led de 32 polegadas, onde pode veicular conteúdo informativo como notícias, avisos e informações do trânsito e do clima.

Van Swift

Por fim, uma empresa que também diversificou sua atuação na pandemia para levar comodidade aos condomínios foi a gigante do ramo de multiprocessados, Swift. 

O projeto “Vans da Swift” conta com onze caminhões itinerantes que, em dias e horários marcados, estacionam em condomínios residenciais para vender as carnes e demais congelados da empresa. Neste modelo, o contato humano fica restrito apenas à hora do pagamento, já que as demais etapas da compra são todas automatizadas. 

 

Por: Aline Duraes

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