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Carros elétricos: eles vieram para ficar?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 25/01/2022
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De acordo com o último relatório divulgado pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o ano de 2021 apresentou um recorde histórico na venda de automóveis e comerciais leves eletrificados (híbridos + elétricos) no país. Foram quase 35 mil unidades vendidas! Isso representa um crescimento de 77% de veículos emplacados em relação ao ano de 2020 e de 195% na comparação com 2019. 

Se formos falar apenas dos veículos totalmente elétricos o percentual de crescimento é ainda maior. Dados divulgados no início de janeiro de 2022 pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam um crescimento de 257% no emplacamento de veículos deste perfil, em 2021, em comparação ao ano de 2020. 

 

Preocupação com impacto ambiental impulsiona o interesse

Aderbal Cavalcanti, da AC Mobility, que comercializa soluções de recarga para mobilidade elétrica, tem na ponta da língua o que ele acredita serem as principais causas deste maior interesse do consumidor em relação aos carros elétricos: “um dos motivos foi devido aos fabricantes terem proporcionado uma gama variada de modelos ao público em geral, embora os preços ainda não sejam tão atrativos. E ainda tem o fato da própria tecnologia embarcada que, sem sombra de dúvida, é muito mais atrativa do que a dos veículos à combustão”, comenta. 

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Aderbal Cavalcanti, da AC Mobility, acredita que o aumento das vendas se deve em parte pela maior gama de modelos de veículos elétricos, apesar dos preços ainda não serem tão atrativos

Através do relatório da ABVE, é possível identificar que os veículos elétricos híbridos flex a etanol (HEV) continuam liderando no mercado consumidor, e a Toyota é responsável por 54% do total fabricado no país. O modelo Corolla Cross Híbrido Flex é líder isolado nesta preferência. Já em relação aos 100% elétricos, ou melhor, os BEV (Batery Electric Vehicle), o destaque ficou por conta do Nissan Leaf Tekna, seguido de perto pelo Porsche Taycan e o Volvo XC40 Recharge.

Ainda segundo Cavalcanti, não podemos nos esquecer das mudanças na própria matriz energética brasileira como mola propulsora deste interesse. “Temos um crescimento dos parques eólicos e solares, permitindo a alguns usuários finais, tais como casas residenciais, postos de gasolina e shoppings, a instalarem seus próprios sistemas fotovoltaicos. Isso diminui consideravelmente o custo do kwh de abastecimento, e relaciona-se ao investimento em mobilidade elétrica, visto que visam o mesmo objetivo: um futuro mais sustentável”, acrescenta o especialista. 

“Apesar do ambiente regulatório pouco favorável, o brasileiro está claramente optando pelo veículo elétrico limpo, silencioso e sustentável”, explica Adalberto Maluf, presidente da ABVE

De fato, a preocupação do consumidor com o meio ambiente também é apontada como um quesito de avaliação na hora da escolha do carro novo, segundo o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Adalberto Maluf . “Apesar do ambiente regulatório pouco favorável, o brasileiro está claramente optando pelo veículo elétrico limpo, silencioso e sustentável. A eletromobilidade avança no país, em contraste com o mercado convencional de veículos a combustível fóssil”, determina.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, 48% dos consumidores brasileiros consideram seriamente comprar um veículo elétrico e 10% afirmam que têm planos concretos para adquiri-los. Só estamos atrás da China, e à frente de países como Estados Unidos, Alemanha, França e Japão. E não é só isso: a pesquisa ainda aponta que nós estaríamos dispostos a pagar um preço até 20% mais alto pelos carros elétricos em relação ao valor dos modelos tradicionais.

 

Quer implantar no seu condomínio?

Mas será que as cidades estão preparadas para acolher todo esse crescimento no volume de veículos eletrificados no Brasil? A resposta é: ainda não! “Creio que a falta de preparo das cidades deve-se a uma boa parte do empresariado que ainda não enxergou o crescimento do mercado de elétricos como uma nova fonte de receita e por isso ainda se sentem retraídos em investir na infraestrutura de carregamento.  Algumas montadoras, no entanto, estão fazendo este papel. E no que se refere aos condomínios, percebo um receio das administrações pelo desconhecimento, mas posso dizer que não é algo de outro mundo. A questão está na personalização das soluções de infraestrutura para os condomínios, já que há uma diversidade muito grande em tamanho, renda e administração”, detalha Aderbal, da AC Mobility

Para o condomínio que já identificou essa necessidade ou quer se preparar para o futuro – o que, segundo especialistas, seria bem pertinente levando em conta que este em breve já será um item de impacto na valorização imobiliária -, a recomendação é bem simples. Basta entrar em contato com uma dessas empresas especializadas e solicitar uma avaliação personalizada. O investimento vai depender de uma série de fatores, seja pela quantidade de postos instalados e até mesmo pelo tipo de equipamento a ser utilizado. 

Na AC Mobility, por exemplo, há a opção de carregadores WallBox AC, os do tipo Poste AC e a estação de Carga Rápida DC, além dos softwares de gestão de uso e carga, o que facilita na hora de controlar o consumo. “ Nossos softwares gerenciam a energia consumida por cada usuário permitindo ao condomínio identificar e cobrar de cada condômino, além de gerenciar o consumo  global para que não exceda a capacidade disponível  no estabelecimento”, explica Aderbal Cavalcanti

Para 2022, a procura por veículos híbridos e 100% elétricos tende a se manter em evolução, seja pela chegada dos novos modelos ou mesmo na maior oferta em infraestrutura de manutenção e carregamento. A cidade de São Paulo também saiu na frente e através do Projeto de Lei 01-00346/2017, que altera a Lei n° 16.642 sobre o Código de Obras e Edificações, determinou que novos condomínios residenciais e comerciais agora são obrigados a disponibilizar tomadas de recarga para carros elétricos e híbridos nas garagens, com medição independente de consumo. Bem, tudo indica que a invasão desses veículos à nossa realidade já é um caminho sem volta…

Os 10 veículos eletrificados mais vendidos no Brasil, em 2021:

1-Toyota Corolla Cross (HEV): 11.027

2-Toyota Corolla Altis (HEV): 7.921

3-Volvo XC60 (PHEV): 3.366

4-Volvo XC40 (PHEV): 3.067

5-Volvo XC90 (PHEV): 982

6-BMW X3 XDrive 30E (PHEV): 836

7-BMW X5 XDrive 45E (PHEV): 812

8-Toyota RAV4H (HEV): 810

9-BMW 330E (PHEV): 579

10-Porsche Cayenne (PHEV): 554

Fonte: ABVE

 

Os 10 BEVs (veículos 100% elétricos) mais vendidos no Brasil, em 2021:

1-Nissan Leaf Tekna: 439

2-Porsche Taycan: 379

3-Volvo XC40 Recharge: 375

4-BMW Mini Cooper Electric: 313

5-Audi E Tron: 252

6-BMW i3 BEV 120AH: 159

7-Fiat 500 E Icon: 146

8-GM Bolt: 132

9-BYD ET3: 124

10-Renault Kangoo: 120.

Fonte: ABVE

 

Para conferir um guia preparado pelo site AutoPapo, do UOL, com preços e modelos, clique aqui

 

Mercado total de veículos eletrificados emplacados no país, em 2021: 
  • HEV – Hybrid Electric Vehicle: 20.678 (59% do total).
  • PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle: 11.461 (33%).
  • BEV – Battery Electric Vehicle: 2.851 (8%).

Fonte: ABVE

 

Onde encontrar posto de recarga para o seu veículo elétrico?

Segundo informações da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), atualmente, há no Brasil cerca de 800 postos de recarga para veículos elétricos. Para facilitar a vida do usuário, há alguns aplicativos que ajudam a localizar o local mais próximo de você, sendo possível ainda verificar o horário de funcionamento, o tipo de carregador usado, se é pago ou de graça etc. 

Confira algumas opções:

  1. Plugshare
  2. Google Maps > basta informar na área de pesquisa “Estações de carregamento EV”, logo em seguida o sistema mostrará as localizações dos postos;
  3. Elev
  4. Tupinambá Energia
  5. EDP EV Charge

 

Por: Cintia Laport

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