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Profissão: síndico

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 30/01/2013
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A falta de tempo, a correria do cotidiano e o excesso de responsabilidades atreladas ao cargo de síndico vêm ocasionando um fenômeno cada vez mais comum na vida em condomínio: a necessidade de um profissional ou de ajuda especializada para administrar os edifícios. Classificada por especialistas do mercado de trabalho como uma das profissões do futuro, já que ainda não é regulamentada oficialmente, o síndico profissional é uma boa opção em diferente casos, principalmente quando nenhum dos moradores está interessado em voluntariar-se à função. Uma pesquisa da empresa GS Terceirização mostra que a contratação destes profissionais aumentou significativamente nos últimos anos, obtendo um crescimento de 25% a 30% numa média anual dos conjuntos habitacionais ou comerciais. Tudo por uma questão de eficiência administrativa e operacional. Consequentemente, as vagas de emprego geradas pelo setor também acompanham essa expansão.

O Código Civil Brasileiro permite que o síndico seja uma pessoa alheia à massa condominial. Apesar de o assunto dividir opiniões, o que se busca com a contratação de mão de obra especializada é profissionalizar a representação e a gestão do condomínio, diminuindo gastos inúteis e otimizando as verbas arrecadadas. Além disso, um síndico profissional precisa ter conhecimentos múltiplos de administração, pois, normalmente, é mais cobrado do que o síndico que é morador.

A imparcialidade emocional, a maior disponibilidade de tempo, a remuneração imobilizada e a responsabilização civil inquestionável do prestador de serviços, são apenas algumas das vantagens que podem e devem ser consideradas.

Capacitação em alta
Com um mercado aquecido, a necessidade de capacitação é maior. Por isso, já existem cursos de graduação e pós-graduação na área de gestão imobiliária. No Brasil, são 94 tipos de formação superior e uma das faculdades pioneiras é a Universidade Veiga de Almeida. Por lá, há graduação tecnológica em Negócios Imobiliários, desde 2000; pós-graduação em Direito Imobiliário, desde 2004; e MBA em Administração de Imóveis à Distância, desde 2010. Para o ano que vem, está previsto ainda o curso de MBA em avaliação de imóveis.

A coordenadora de ensino Fátima Santoro, diz que, hoje, não é necessário ter formações prévias relacionadas à área para estudar algum destes cursos. “No início eles eram oferecidos somente para operadores do Direito, no entanto, a crescente procura nos fez abrir o leque. Hoje, temos profissionais de áreas totalmente diferentes, como dentistas, médicos e jornalistas procurando oportunidades como gestores imobiliários, administradores e síndicos. Creio que, muito em breve, teremos mestres e doutores nesta área”, explica ela.

Fátima diz que o mercado imobiliário é, hoje, um dos empregadores mais versáteis do país. Além disso, os recentes incentivos adquiridos por empresas da construção civil possibilitaram novas vagas.

Um modelo diferente de profissionalização
De olho neste mercado, a APSA criou um modelo pioneiro em gestão, o projeto Gestão Total, que garante diferentes tipos de soluções para condomínios residenciais ou comerciais. O programa funciona como um braço direito do síndico, oferecendo profissionais qualificados em diferentes áreas que ajudam a fiscalizar processos de rotina como manutenção de equipamentos, segurança, cotação e compras e obrigações trabalhistas. Em alguns casos, o Gestão Total oferece ainda um síndico profissional que atua de forma exclusiva no prédio.

“O que oferecemos, essencialmente, é a chancela e o respaldo de uma estrutura profissional que apoia e coordena o trabalho síndico de diferentes formas. Temos um corpo de manutenção formado por engenheiros, técnicos em edificação que acompanham obras, especialistas em contas a pagar, um setor de aquisições, profissionais que fiscalizam as ações estipuladas em assembleia… É todo um aparato que dá uma retaguarda aos profissionais que estão na ponta”, explica o coordenador do Gestão Total, Artur Pignataro.

O Palácio Quitandinha, o Shopping Nova América e o complexo de condomínios Rio 2, na Barra da Tijuca, que possui cerca de 17 mil unidades ao todo, são alguns dos condomínios que já aderiram ao programa. “Há um modelo específico para cada caso, seja um prédio com dez unidades ou com 200. O tamanho não importa. O que vale mesmo é ter profissionais experientes para cuidar do trabalho”, conclui Pignataro.

 

Texto: Mario Camelo
Foto: Marco Fernandes

 

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