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A primeira impressão é a que fica. Mesmo.

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 15/03/2015
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Texto: Mário Camelo

Um dos ditos populares que mais escutamos por aí é: “a primeira impressão é a que fica”. No entanto, mais do que apenas uma frase repetida ao longo do tempo, a máxima é cientificamente comprovada. Estudos apresentados no ano passado por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, mostram que basta apenas uma fração de segundo — sem exageros, é menos do que um piscar de olhos — para se formar a primeira impressão sobre algo ou alguém. Impressão essa que se torna muito difícil de ser revertida posteriormente. E no cotidiano de um condomínio não é diferente. Em termos práticos: chegar em casa após um dia de trabalho e ser recebido com uma saudação de um funcionário bem arrumado, sorridente e simpático faz ou não faz uma grande diferença?

Neste cenário, os uniformes profissionais viram praticamente protagonistas. Entrar num condomínio e se deparar com funcionários bem vestidos e padronizados é um grande indicador de que naquele lugar há organização, limpeza, boa administração e até mesmo segurança.

Síndico do Residencial Chopin, edifício localizado no Méier e de 80 unidades, o acadêmico Wellington dos Santos afirma que administrar um condomínio é como administrar uma empresa e, consequentemente, os uniformes tornam-se um quesito indispensável. “O uniforme é sem dúvidas a primeira impressão. Se você é recebido por um porteiro com um sapato furado ou vestido de uma maneira muito despojada, de chinelos, por exemplo, a imagem que fica para o visitante é de que a administração é ruim. E isso não só num condomínio, mas em qualquer lugar. A aparência dos funcionários é tão importante que chega a se tornar um quesito de decisão para quem está à procura de um imóvel para comprar”, diz Santos, que completa: “agora quando o condomínio exige que o funcionário se porte bem e use o uniforme, ele também precisa fornecer essas peças de roupa e fazer a manutenção delas. Os próprios funcionários gostam muito disso. Eles se sentem realmente vestindo a camisa da empresa”.

 

Uniforme também precisa está alinhado à atividade do profissional
No Chopin, administrado pela APSA, toda a equipe recebe dois pares de uniformes e sapatos para que possam revezar o uso, mantendo-os assim sempre limpos e com boa aparência. Apesar de não existir uma lei que exija que um condomínio forneça a indumentária, as roupas são entregues mediante a um acordo estabelecido nas Convenções Coletivas dos edifícios. Fazer a barba e estar sempre com os cabelos arrumados também é de costume entre o corpo de funcionários e as trocas de uniforme são feitas normalmente todos os anos ou quando algum imprevisto acontece. “Esse ponto depende muito de cada um. Às vezes precisamos fazer trocas mais periódicas, como, por exemplo, entre os funcionários da limpeza”, afirma o síndico.

E numa cidade como o Rio de Janeiro, bermudas e roupas mais leves são liberadas em alguns casos entre faxineiros e zeladores, afinal, o esforço físico também gera um desgaste maior de uniformes. Já entre os porteiros, os modelos mais básicos com cores neutras, ternos e o nome do condomínio bordado no bolso são os mais tradicionais e solicitados.

O estilista carioca Gusttavo Borges, um dos mais importantes produtores de uniformes profissionais do estado (ele já confeccionou uniformes para mais de 300 condomínios), conta que, hoje, não somente edifícios, mas mesmo grandes empresas procuram seus serviços para criar uniformes de engenheiros, advogados e até de altos executivos. “Os funcionários e as empresas estão cada vez mais preocupados com a praticidade. Acordar de manhã e vestir um uniforme é uma tarefa a menos no dia a dia atribulado. Você não precisa se preocupar com a roupa que vai usar e nem em gastar as roupas que compra. É muito mais simples já ter uma vestimenta específica”, diz ele que ainda cita uma famosa declaração de Mark Zuckerberg, o criador do Facebook em uma entrevista, explicando o porquê de sempre usar a mesma camiseta cinza: “Ele disse que queria limpar a mente para que tomasse o menor número possível de decisões sobre qualquer coisa durante o dia. É claro que é um pensamento um tanto quanto exagerado, mas que de certa forma elucida este novo comportamento no mercado de trabalho”, afirma.

Borges ainda cita um outro aspecto importante mas que pode passar despercebido quando o assunto é uniforme: o nome do condomínio bordado na jaqueta ou no paletó. “O mais importante em um uniforme é produzi-lo com materiais e tecidos que se adequem à função exercida pelo profissional, no entanto, especialmente num condomínio, o nome precisa estar na roupa. É como uma logomarca que agrega valor à empresa”, conclui.

 

Uniforme também traz sensação de segurança
Além de proporcionar padronização e transmitir uma boa imagem aos visitantes e moradores, os uniformes profissionais ainda são responsáveis por outro fator muito importante num condomínio: a segurança. Síndico de três edifícios localizados em Copacabana, todos administrados pela APSA, Jacques Nudelman afirma: “nem sempre os moradores conhecem os funcionários. Alguns condôminos possuem mais de uma residência, outros têm horários totalmente flexíveis e quando chegam ao edifício se sentem muito mais seguros quando encontram uma pessoa vestindo a roupa oficial. Então, não é somente uma questão de estética ou padronização, mas também funcional. Um exemplo prático: imagine que um morador está transitando pelas áreas comuns do edifício e se depara com um funcionário sem uniforme no corredor. É uma situação que pode gerar um receio. No entanto, se esse mesmo funcionário estiver com a vestimenta padrão, esta será percebida imediatamente, amenizando qualquer susto”.

Nudelman levanta ainda outros dois importantes aspectos relacionados à segurança. O primeiro são possíveis tentativas de assalto ou invasão. Para ele, um uniforme pode até mesmo inibir este tipo de ação, já que uma imagem de organização e padronização também está aliada à proteção e bem-estar. O segundo ponto é referente aos condomínios que possuem unidades mistas: comerciais e residenciais. “Nestes casos, a presença do uniforme é importante tanto para os moradores quanto para os visitantes, pois eles acabam compondo uma cena formal ao condomínio, reforçando a padronização”.

 

Dicas na hora de escolher um uniforme:

– Procure tecidos realmente adequados às funções exercidas no condomínio;

– Seja mais cauteloso com funções que necessitam de indumentária especial por exigências de legislação ou por segurança;

– Não se esqueça de bordar o nome do condomínio nas peças;

– Procure tons mais neutros para gerar uma ambientação mais formal;

– Esteja sempre atento ao prazo de troca da indumentária;

– Procure escutar as exigências e sugestões dos funcionários;

– Esteja atento ao ambiente em que o uniforme será usado;

– Procure peças confortáveis (como as de 100% algodão) para gerar mais conforto e satisfação à equipe.

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