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Impermeabilização merece atenção nos condomínios

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 09/08/2022

calhas
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Questão que, muitas vezes, só é percebida no dia a dia de um condomínio num momento de crise, a impermeabilização precisa de atenção constante. Assim, é possível evitar transtornos e grandes prejuízos que podem afetar individualmente um morador, mas também seus vizinhos. 

O engenheiro André Fornasaro, fundador da Contrim, empresa sediada em São Paulo especializada neste serviço, explica que hoje o tipo mais popular existente no mercado é a impermeabilização feita com manta asfáltica. “Ela começou a ser fabricada no Brasil em 1980 e de lá para cá se popularizou. Hoje, existem grandes empresas especializadas no segmento. Ela é usada em térreos, coberturas e residências. O metro quadrado sai em torno de R$ 45. Também há a impermeabilização cimentícia, que é voltada para banheiros e sacadas, por exemplo”, explica. 

Ele acrescenta que há sinais claros num imóvel que está necessitando ser impermeabilizado. “Em coberturas e casas, os sinais são manchas de umidade no teto e goteiras. Eventualmente, podem ocorrer, também, a formação de mofos”, comenta.  

O engenheiro Francisco Caiano é especialista em impermeabilização há mais de 40 anos e fundou a Comtex Imper, empresa voltada para este tipo de serviço com sede em Teresópolis (RJ). Ele alerta que todo local em que haja a ocorrência de água de chuva, reservatórios ou mesmo que molhe apenas quando lavado, deve ser impermeabilizado. Por exemplo, lajes de cobertura, terraços, telhados, calhas, rufos, piscinas, caixas d’água, cisternas, banheiros e áreas frias.

Caiano conta que, atualmente, trabalha com três modalidades: a membrana de poliuretano e a membrana de borracha líquida, ambas estruturadas com véu de Bidim, além da manta asfáltica, que já foi o sistema mais utilizado, mas que hoje representa apenas 20% dos serviços executados. “Para analisar qual é a solução para o seu caso, com o melhor custo-benefício, precisamos primeiramente saber se é uma obra nova ou se é uma reforma. Em obras novas, a manta asfáltica aparece como um ótimo impermeabilizante e o valor por metro quadrado é mais baixo em comparação aos outros. Agora, quando é uma obra de reforma, as membranas de poliuretano e de borracha líquida se tornam a melhor escolha, por não ter o custo de demolição e nem de acabamento”, diz. 

Ele explica que as membranas podem ser aplicadas diretamente sobre o piso existente, sendo necessárias apenas algumas preparações e limpeza da superfície. Elas podem ficar expostas ao intemperismo, suportam o tráfego de pessoas e até de veículos. “Uma diferença importante nesses sistemas à base de pintura é a ausência de emendas, evitando prováveis pontos de falha na impermeabilização”. 

O especialista explica que a manta asfáltica normalmente está sob um acabamento, o que impossibilita revisões. Já as membranas, quando expostas, podem receber novas demãos dos produtos a cada cinco anos, prolongando a durabilidade e renovando a estética. “É importante escolher profissionais capacitados para a aplicação desses sistemas. A má execução pode fazer com que a infiltração volte precocemente. Geralmente, nesses casos, fica difícil conseguir acionar a garantia. O cliente tem os prejuízos com os gastos com o material e a mão de obra. É imprescindível que se contrate uma empresa de engenharia especializada em impermeabilizações que emita a Anotação de Responsabilidade Técnica (instrumento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços). 

 

Pesquisa é essencial para evitar transtornos 

O arquiteto Bruno Moraes afirma que quando o assunto é impermeabilização, um erro comum é a falta da pesquisa sobre qual forma é a mais adequada para um determinado local. “Já vi muitas pessoas fazendo uma impermeabilização cimentícia, por exemplo, em uma laje. A impermeabilização cimentícia, se ela receber sol, chuva, ou seja, ficar exposta, pode rachar e trincar. E aí você imagina uma impermeabilização com uma fissura. Vai infiltrar água. Porque ela não tem elasticidade para aguentar dilatação do sol e chuva. Isso se consegue com uma impermeabilização com manta asfáltica ou líquida, por exemplo”.

Outro equívoco, ele aponta, é impermeabilizar o piso e nenhuma parte da parede. “Você sempre precisa virar a impermeabilização na parede, ou a água vai esparramar pelo chão e a umidade subirá. Além disso, é preciso fazer corretamente a impermeabilização nos ralos. Assim como você vira na parede, você precisa virar nas superfícies, como o ralo”, diz. 

A arquiteta Thaís Ruiz comenta que outro erro comum é não fazer a proteção mecânica (material que deve ser combinado com as mantas, para potencializar o processo de impermeabilização). Quando ela não é feita, não tem nada que impeça a incidência direta do sol na manta, e com o tempo ela vai rachar e ter a fissura, se tornando um ponto frágil de infiltração. “O importante é pensar na prevenção. Antes do período de chuva, é importante fazer uma revisão quando falamos de laje de edifício. Para ambientes internos, temos que refazer a impermeabilização quando removemos o revestimento”, explica. 

Por: Gabriel Menezes

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