PUBLICIDADE

Cuidados com a pele no inverno: trate 9 problemas

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 29/06/2021

Relaxed joyful dark skinned female model washes face with soap bubbles, enjoys pampering session, keeps eyes closed from pleasure, holds cosmetic sponge, cares about body, stands naked indoor
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Basta cair a temperatura que os problemas de pele se manifestam. No inverno é comum que a pele fique ressecada e sem viço, mas há o que fazer para resolver esses dramas. Conheça os principais problemas que a pele apresenta durante essa estação e aprenda a resolvê-los.

1- Pele ressecada

Quando as temperaturas caem, a hidratação da pele parece cair junto. O dermatologista Adilson Costa, de São Paulo, explica que, com as baixas temperaturas, há uma diminuição na produção de sebo pela pele, fazendo com que ela perca água para o ambiente e, logo, resseque. A redução do suor também tem papel na desidratação da pele, já que ele também desempenha ação hidratante.

No entanto, não podemos apenas culpar as baixas temperaturas, já que o que mais muda, nessa época, é o nosso comportamento. Com o frio, a procura por banhos quentes e demorados aumenta. “Isso retira a camada protetora de gordura natural da pele e a água ali presente evapora mais e a deixa desidratada”, explica o dermatologista Erasmo Tokarski.

Além da água quente, a dermatologista Fernanda Casagrande, o uso de sabonete contribui com o ressecamento por causa de sua ação detergente, que aumenta a perda da camada de gordura da pele, chamada de manto lipídico.

mulher mexendo no rosto
Quando as temperaturas caem, a hidratação da pele parece cair junto.

Para lidar com esse ressecamento, primeiramente, é preciso prestar atenção no banho e maneirar na água muito quente. Tentar diminuir um pouco a temperatura e até mesmo o tempo de banho pode atenuar os danos à pele.

Na hora de se lavar, indica Fernanda, use um sabonete com ação hidratante. Tokarski também aconselha seu uso apenas nas “dobrinhas” do corpo, evitando áreas extensas, como braços e pernas, já que elas têm menos glândulas sebáceas.

Também é importante abusar de hidratantes: para Adilson Costa, o ideal é aplicá-los duas vezes ao dia nessa época. A preguiça pós-banho bateu e você não quer passar o creme? Que tal experimentar os hidratantes in shower? Eles são usados ainda no chuveiro e não deixam espaço para desculpas, como “estava muito frio quando saí do chuveiro”.

2- Lábios rachados e ressecados

Se a pele se torna mais sensível no inverno, os lábios sofrem muito mais, ficando ressecados e rachados. A dermatologista Fernanda Casagrande explica que isso acontece porque eles, na verdade, são semimucosas – uma pele mais fina que não tem glândulas sebáceas. Sem essas glândulas, não há umectação natural, o que torna essa parte do corpo muito mais sensível às agressões do tempo, como o frio e o vento.

Durante os dias frios, Fernanda sugere investir em hidratação. Para o uso noturno, ela recomenda produtos à base de dexpantenol, substância com alto poder de hidratação, ou até mesmo que se passe ele puro nos lábios (já que é vendido em forma de pomada em farmácias). Para o dia, hidratantes labiais cuidam dessa semimucosa.

É preciso também resistir à tentação de molhar os lábios com saliva, assim como arrancar as pelinhas. “Pede-se que as pessoas não passem a língua nos lábios ou mesmo na pele que cerca a região, pois a saliva também ajuda a ressecar e irritar a pele”, lembra o dermatologista Erasmo Tokarski.

3- Pele sem viço e brilho

Com o inverno, a pele tende a perder o viço e o brilho natural. O dermatologista Adilson Costa explica que isso acontece porque a chamada camada córnea – de células mortas, a mais externa da pele – perde água para o ambiente.

Com a pele mais seca, ela acaba adquirindo micro descamações, levando à perda do brilho natural. “O frio deixa as glândulas sebáceas mais atrofiadas. Elas ficam mais murchinhas e não produzem a hidratação natural da pele, que são alguns ácidos graxos produzidos por ela naturalmente”, ilustra a dermatologista Fernanda Casagrande.

Para tratar esse problema, a recomendação é apostar na hidratação superficial da região, assim como ingerir muito líquido ao longo do dia. “Em primeiro lugar, é preciso beber muita água para repor os líquidos perdidos, hidratando o organismo de dentro para fora. Além disso, dar preferência a cremes que contenham em sua fórmula substâncias como glicerina, vaselina, lanolina etc., pois são mais oleosos e ajudam a reforçar a camada de proteção da pele”, reforça o dermatologista Erasmo Tokarski.

Fernanda diz que costuma receitar ácidos e hidratantes para melhorar a aparência da pele. A camada córnea costuma se renovar em um ciclo de 28 dias. O que esses ácidos fazem é promover uma microesfoliação, que diminui o tempo de renovação da camada, acelerando a renovação da pele. Seu uso é noturno e alternado ao de hidratantes.

4- Pele afetada por lavar o rosto no banho

Não importa se você tem pele seca ou oleosa, no inverno, ambos os problemas costumam piorar e a culpa não é exatamente da estação. O hábito de lavar o rosto durante os recorrentes banhos quentes remove completamente a oleosidade da pele.

A dermatologista Fernanda Casagrande explica que a pele reage de duas formas diferentes, dependendo da produção das glândulas sebáceas. Em peles oleosas – que têm a tendência de produção de sebo exacerbada – as glândulas entenderão que a pele está ressecada demais, já que a água quente removerá toda a oleosidade da pele. Com isso, a produção sebácea aumentará, na chamada produção de rebote. “A pele fica estranha, oleosa, meio craquelada, com pontos ressecados e oleosos”, descreve a dermatologista. Já em peles secas, as glândulas não conseguirão repor o sebo perdido, o que deixará a pele do rosto opaca e craquelada.

Amenizar o problema é simples: basta não lavar o rosto no banho. “Não tem problema lavar o rosto na pia com água morna, mas quente do chuveiro, nunca”, alerta Fernanda.

5- Descamação da pele no frio

A descamação da pele também é comum nos dias frios, isso acontece porque, segundo a dermatologista Fernanda Casagrande, as células da camada córnea da pele se desprendem com mais facilidade por causa do ressecamento. Assim, aqueles “farelos” brancos que saem da pele são, na verdade, as células soltas.

O dermatologista Adilson Costa explica que a água que a pele perde para o ambiente serve para manter as células da cútis hidratadas e, assim, aderidas umas às outras. Quando há descamação, significa que elas não estão suficientemente hidratadas.

Além de apostar na hidratação da pele, o dermatologista Erasmo Tokarski aconselha: “Roupas de algodão devem ser priorizadas, pois deixam a pele menos eletrizada, ou seja, menos irritada”.

6- Coceira

O ressecamento da pele durante essa estação traz mais um problema: a coceira. Junto a ela, também acontece de serem sentidas “alfinetadas” na pele. “Pelo fato de a pele ficar mais seca, ocorre um estado leve de inflamação microscópica na pele, que a torna irritável, aumentando o prurido”, explica o dermatologista Adilson Costa.

Temos uma espécie de ciclo vicioso. Se não hidratamos a pele, ela coça. Se a coçamos, ela desidrata ainda mais e assim vai. Para interromper esse incômodo ciclo, a solução é hidratar.

7- Alergias

A barreira de gorduras da pele é responsável por protegê-la de uma série de agentes externos. Com o ressecamento da pele, ficamos sem essa proteção natural. Por isso, no inverno, acontecem casos de alergias localizadas, com coceira, vermelhidão e queimação apenas em algumas regiões do corpo. “Às vezes, acontece de um relógio que usamos no verão inteiro sem nenhum problema, provocar alergia no inverno”, conta a dermatologista Fernanda Casagrande.

“Outro motivo são os ambientes pouco arejados, já que as janelas ficam mais fechadas para aquecer a casa. É aí que se criam locais ideais para fungos e bactérias, que atacam diversas áreas do corpo, como aparelho respiratório, olhos e pele”, completa o dermatologista Erasmo Tokarski, que também destaca, entre as alergias, a dermatite atópica, que se manifesta com manchas brancas na pele.

A hidratação da pele é recomendada, já que, quanto mais hidratada, mais forte é a barreira de proteção. Mas Fernanda lembra que, quando o quadro alérgico é intenso, costuma-se receitar anti-histamínicos via oral. Ao coçar a pele, ela libera substâncias histamínicas, que fazem com que a coceira alérgica aumente ainda mais. Assim, o papel dessa medicação é parar a coceira.

8- Micose nos pés

No frio, é comum ficarmos sempre com meias nos pés. Esse ambiente, quente e úmido, é propício para o aparecimento de micoses em unhas e entre os dedos dos pés, assim como intertrigo – o famoso pé de atleta. Além disso, a dermatologista Fernanda Casagrande lembra que é comum que as pessoas mal enxuguem os pés e já os enfiem em meias, para aquecer. “A pele dos pés fica macerada, o que pode dar fissuras. Tem que secar bem entre os dedos”, aconselha.

Além disso, acrescenta o dermatologista Erasmo Tokarski, “deve-se dar preferência a meias de algodão, no lugar das feitas com material sintético, trocá-las sempre e arejar bem os sapatos após o uso”.

9- Acne

Para algumas pessoas, os problemas com espinhas e cravos acabam aumentando no período mais frio do ano. A causa – quem diria! – é o excesso de oleosidade vindo do cabelo. A dermatologista Fernanda Casagrande explica que, no inverno, as pessoas tendem a lavar menos o cabelo.

Dessa forma, a oleosidade do couro acaba escorrendo para o rosto, aumentando a recorrência da acne. Por isso, observe que a maior parte desse problema desponta na testa e nas laterais do rosto.

“Não pode ficar mais que um dia sem lavar os cabelos, deve-se fazer isso um dia sim, um dia não, no mínimo”, alerta Fernanda. Também vale procurar um dermatologista, que aconselhará um tratamento adequado para a acne.

 

Fonte: Minha vida

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE