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Atendimento de saúde: o futuro são os planos individuais e digitais?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 18/02/2022
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Digital composition of mid section of doctor standing with arms crossed against hospital icons in background
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Oferecer um atendimento de saúde mais ágil e democrático: esse é o objetivo das health techs, que receberam, na América Latina, mais de US$ 36 bilhões em investimentos em cinco anos, segundo relatório da Sling Hub, plataforma brasileira de inteligência de dados.

As health techs englobam empresas que atuam em diferentes áreas da saúde, como tecnologias para promover acesso à informação; softwares para monitoramento, atendimento e diagnóstico; e wearables. Mas o que vem prometendo revolucionar o atendimento de saúde são as health techs de planos de saúde.

Unindo a telemedicina com a digitalização acelerada das empresas, ambas incentivadas principalmente pela pandemia de covid-19, os planos de saúde digitais contam com plataformas e aplicativos práticos e desburocratizados. A intenção é atender tanto quem não tem poder aquisitivo para contratar planos de saúde tradicionais, que geralmente têm alto custo, quanto aqueles que estão insatisfeitos com o atendimento na saúde suplementar.

Como funciona o atendimento de saúde nos planos digitais?

Os planos de saúde digitais reúnem todas as informações de saúde em uma única plataforma ou aplicativo, o que facilita a contratação e o monitoramento do usuário, bem como o agendamento de consultas e exames. Para a realização dos exames ou em caso de necessidade de uso de hospitais, as operadoras possuem parcerias com diferentes laboratórios e hospitais que podem ser encontrados pela localização do usuário.

Já o atendimento de saúde resgata o conceito de médico de família, preparado para atender pacientes com diferentes necessidades. Esse profissional é responsável pelo primeiro atendimento do usuário, que deve passar por uma triagem que checa a necessidade de ida ao pronto atendimento ou encaminhamento a um especialista.

Assim, os planos de saúde digitais pretendem promover um melhor atendimento ao cliente e incentivar os cuidados preventivos, evitando idas desnecessárias aos hospitais. É possível, por exemplo, consultar profissionais como nutricionistas e psicólogos para a manutenção de bons hábitos e cuidados com a saúde mental.

Os preços das mensalidades geralmente são menores do que os planos de saúde convencionais, variando conforme a idade do titular. A cobrança de coparticipação pode mudar de acordo com as regras de cada operadora.

Outras vantagens que os planos de saúde de health techs apresentam é a possibilidade de contratação de plano individual, de forma rápida e simples e transparência nos custos de cada ação.

 

Health techs que já conquistaram o público

Voltada à atenção primária, a health tech Alice, gestora de planos de saúde, alcançou 6 mil clientes ativos em dezembro de 2021. Hoje, a health tech possui um “super app”, onde é possível agendar consultas avulsas com nutricionista, preparador físico e psicólogo e receber atendimento imediato de médicos e enfermeiros.

Pelo aplicativo, também é possível participar de programas de emagrecimento, receber prescrição de medicamentos e fazer compras em farmácias, acessar resultados de exames, listar tarefas para melhorar a saúde e participar de grupos de interesses em comum.

“Esse é apenas o começo. Nossa missão é tornar o mundo mais saudável. Queremos ser muito mais que um Super App para agendar consultas e monitorar seu progresso de saúde. Nossa visão de futuro é poder promover mais saúde de fato, ajudar mais pessoas nas suas jornadas oferecendo tudo em um só lugar – uma experiência bem diferente do que se tem hoje no Brasil”, diz o CEO e fundador da AliceAndré Florence.

 

Planos empresariais para pequenos empreendedores

Não é só para usuário único: os planos de saúde digitais já atendem empresas, como o Sami Sol. Os planos de saúde convencionais geralmente exigem o mínimo de duas vidas para a contratação do plano empresarial, mas o Sami Sol aceita também a categoria microempreendedores individuais (MEI).

“Os MEIs podem contratar planos de acordo com a legislação, mas dificilmente encontram alternativas, pois a imensa maioria não aceita contratos com apenas uma vida. É uma escolha de negócio desses planos, que entendem que tais empresas podem ter um custo maior e a receita não compensaria os custos de venda e utilização. Mas nós entendemos que precisávamos acolher esse público”, explica o médico Vitor Asseituno, cofundador e presidente da Sami.

A vantagem é que basta ter um CNPJ para ter acesso a um plano com todos os benefícios oferecidos a uma empresa, com contratação e cancelamento menos burocráticos.

Vantagens para ambos os lados

Essas características são vantajosas tanto para o usuário quanto para a operadora, uma vez que os cuidados preventivos são capazes de reduzir a necessidade de atendimento médico e outros procedimentos. Estudos da health tech Alice mostraram que 90 dias com o apoio do Time de Saúde foram suficientes para que 76% dos membros melhorassem seu índice de qualidade de vida.

O Time de Saúde é composto por médico, enfermeiro e nutricionista disponíveis pelo app e responsáveis por acompanhar o paciente constantemente, o que permite um diagnóstico precoce ou a prevenção de doenças por meio da orientação sobre bons hábitos. A estratégia também é adotada por outros planos de saúde digitais, que visam à atenção primária à saúde, em vez de cuidados curativos.

Usando a inteligência artificial, as plataformas conseguem até mesmo prescrever medicamentos ao acompanhar o estado de saúde do usuário. Resultados de exames de rotina, por exemplo, podem servir de alerta para que o médico da família desprenda uma atenção maior ao paciente, evitando problemas mais graves e procedimentos mais complexos e, portanto, reduzindo os custos operacionais.

Como todos os dados do usuário ficam armazenados em um só lugar, a gestão da saúde se torna mais simplificada, melhorando a experiência.

 

Fonte: Consumidor Moderno

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