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Você é um consumidor consciente?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 28/10/2021

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Você se considera um consumidor consciente? O consumo consciente é uma expressão relativamente nova, mas que traz consigo muitas questões. Comprar consciente é o oposto de comprar por impulso. É pensar bem antes de efetuar uma compra, é ter uma relação mais saudável com o consumo, é ter uma relação que te faça, enquanto consumidor, questionar a real necessidade daquele item, o seu processo de produção, o seu impacto na natureza, a procedência dos materiais utilizados etc.

Afinal, você consumiria uma roupa em promoção ou compraria um móvel “super em conta”, sabendo que ele veio de um processo de produção análogo à escravidão, por exemplo? Parece que, de fato, tais preocupações já passaram – e muito – pela cabeça dos brasileiros. Uma pesquisa de 2021 da consultoria McKinsey revelou que 85% dos brasileiros dizem que se sentem melhor comprando produtos sustentáveis. 

Um outro estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union+ Webster, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), mostra que esse movimento no consumo é evidente. A pesquisa aponta que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% dos entrevistados disse que não se importa em pagar um pouco mais por isso.

Uma das precursoras da chamada “economia criativa” no Rio de Janeiro, a empresária e empreendedora Marina Carneiro criou a marca Retoke em 2013, com a proposta de unir diversas marcas e expositores e igualá-los diante do consumidor. Aos poucos, a Retoke foi crescendo. De feira, tornou-se loja, e hoje, é o Clube Retoke, uma aceleradora de negócios para o mercado da moda com o foco em marketplace de varejo e atacado.

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Marina Carneiro é do Clube Retoke, uma aceleradora de negócios para o mercado da moda: “esse tipo de economia sempre foi muito forte em outros países. Grandes marcas já se uniam para fazer colabs.”

“Esse tipo de economia sempre foi muito forte em outros países. Grandes marcas já se uniam para fazer colabs. O mercado da Moda veio se transformando ao longo dos anos. O perfil do consumo mudou e a sustentabilidade ganha cada vez mais força”, explica Marina, que completa: “Pensar sustentabilidade não é só pensar na parte da cadeia produtiva, a economia colaborativa veio dar mais um significado para esse processo. Sustentável é poder dar mais oportunidades e acesso a marcas autorais que jamais teriam a chance de estar ao lado das grandes marcas. E sim, com esse novo modelo de economia todos estão lado a lado. Quem mais se beneficiou, sem dúvida, foi o consumidor. Agora ele tem um leque de muito mais opções para consumir de forma mais consciente”, explica a empresária.

Com experiência de sobra no varejo, Marina também acredita que o consumidor brasileiro, de fato, está mais exigente com a procedência dos produtos que consome. “O consumidor está muito mais exigente no acompanhamento de toda a cadeia. Ele quer saber quem fez o seu produto, de onde veio, se não polui o meio ambiente, se ele pode contribuir com a economia com o simples gesto de comprar diretamente de quem faz. Isso fez a moda ganhar muito mais espaço e fazer a diferença não só no vestir, mas no comportamento e na formação dos valores do consumidor”, diz.

Para a empresária, esse movimento culminou numa grande tendência hoje em dia, que é: comprar de quem faz. Ou… Conhecer quem está me vendendo um produto. “Saber de onde veio a matéria-prima, se ela não polui o meio ambiente, se é reciclável, orgânica… Quantas pessoas fizeram aquela peça e quais as condições de trabalho delas? Tudo isso faz parte da cadeia do consumo consciente. E de uma forma geral, isso virou tendência nas rodas de todas as classes sociais. Ninguém mais quer ‘ostentar’ que pagou caro por um produto da marca tal. As pessoas enchem a boca pra dizer que aquele produto tem uma história pra contar”, explica.

Outro aspecto relevante dentro da cadeia do consumo consciente é o custo de produção. Produtos sustentáveis são, de fato, mais caros? E se realmente são, será que isso não vai na contramão do que o consumidor procura?

“Isso acontece sim. Essa é uma matéria-prima mais cara porque tem um processo mais complexo na cadeia de produção. Para otimizar, o grande ponto é a comunicação e o marketing. Mostrar para o consumidor, que não quer ser enganado, o motivo do preço maior. Mostrar como o produto é feito, o que está por trás do processo. É essa relação de confiança que o cliente quer ter com as marcas”, diz Marina.

 

Consumo consciente também em materiais para moradia

Em 2004, nascia no Rio de Janeiro a mostra de decoração Morar Mais Por Menos. Sob o mote “o chique que cabe no bolso”, a mostra foi criada por Lígia Schuback e Sabrina Schuback Rocha, após um acontecimento real vivido por Sabrina. 

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Lígia Schuback e Sabrina Schuback Rocha, do Morar Mais por Menos, que começou há 18 anos: “já tínhamos essa percepção da democratização da arquitetura, do design e da decoração”

Ao decorar sua primeira casa, com direito a todas as dúvidas de quem vivencia esta experiência, Sabrina não queria gastar muito com a decoração. Mas onde encontrar profissionais qualificados que topassem esse desafio? Até então, não havia no mercado um evento de decoração com uma proposta “pé no chão”. Por isso, desde a primeira edição, a mostra caiu no gosto dos cariocas, e hoje, já passou por várias capitais brasileiras, como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba, Campo Grande, Cuiabá, Vitória, Recife, Rondônia e Salvador.

 

“Há 18 anos, quando lançamos o Morar Mais Por Menos, já tínhamos essa percepção da democratização da arquitetura, do design e da decoração. E a mostra vem provar que é possível, sim, gastar menos desde que você chame um arquiteto ou um profissional e que ele seja transparente. É aí que realmente conhecemos o real talento dos nossos expositores participantes. Eles realizam os sonhos dos clientes dentro das possibilidades de cada um”, explica Lígia Schuback, uma das criadoras da mostra.

Lígia conta que, hoje, 18 anos depois, muita coisa mudou: existem diversos novos materiais sustentáveis e, mais do que isso, muito mais preocupação do cliente com a procedência e o tipo de processo pelo qual o material passa.

Há 18 anos, acho que estávamos lançando uma sementinha. Somos o primeiro evento de decoração com esse olhar para sustentabilidade, inclusão social e brasilidade. No início, de uma forma mais sutil, pedindo para que cada arquiteto priorizasse produtos que não agredissem a natureza. Hoje, de uma forma mais direta”, diz.

Hoje, no Morar Mais Por Menos, por exemplo, há uma pessoa que direciona o público durante a mostra para o destaque de produtos sustentáveis. Além disso, a mostra ainda tem uma vertente que expõe os “novos talentos do design brasileiro”, numa forma de democratizar o acesso a materiais e a projetos de novos profissionais. Outro destaque do evento, que acontecerá até 14 de novembro no Rio de Janeiro, são os ambientes de até 17 metros quadrados decorados.

“Os estúdios estão se tornando uma tendência na construção. Os designers estão mostrando que é possível ter um espaço pequeno e bonito. Por outro lado, vejo que o jovem, hoje, não está numa tendência de buscar uma mansão, por exemplo, ele está muito mais consciente. O que ele quer é viver bem e se sentir bem com o seu espaço”, conclui.

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Por: Mario Camelo

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