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Metaverso – 5 experiências incríveis que você terá no novo espaço

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 08/12/2021

Woman in virtual reality glasses touching objects in augmented reality, interacting with 3d simulation. Lady selecting app menu items, working in virtual interface, wearing VR headset helmet at home
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Desde o fim de outubro, notícias sobre o metaverso passaram a ocupar mais espaço em sites e jornais de todo o mundo. O motivo? Mark Zuckerberg. O executivo, um dos mais poderosos da atualidade, veio a público anunciar que sua empresa, a Facebook Inc., dona de plataformas como Instagram, WhatsApp e o próprio Facebook, passou a se chamar Meta. 

A decisão foi uma tentativa de dissociar a marca dos produtos de rede social e aproximá-la do projeto que verdadeiramente ocupa o centro das atenções e dos objetivos de negócio de Mark: o metaverso. 

E não é apenas o Facebook, agora Meta, que está visando projetos dessa categoria. Dias depois do pronunciamento de Zuckerberg, foi a vez da Microsoft anunciar a possibilidade de utilização de avatares 3D em conferências do Teams já a partir de 2022. Por meio do seu metaverso apelidado de Mesh, a Microsoft tornará possível o uso de bonecos digitais animados que irão simular os movimentos e expressões dos usuários na sua plataforma de reuniões.

Mas, afinal, o que é o metaverso?

O termo metaverso foi utilizado pela primeira vez no livro “Snow Crash”, de Neal Stephenson, em 1992, para designar uma simulação do espaço real no universo digital. “A palavra metaverso é um composto das palavras ‘meta’, que quer dizer “além”, e “verso”, abreviação de “universo”. Significa a tecnologia que possibilita a criação de universos digitais virtuais 3D que agregam, entre outros recursos, a realidade virtual”, explica Eliane Schlemmer, doutora em Informática na Educação e professora da Unisinos.

É o futuro da Internet e impacta diretamente a forma como as pessoas se comunicam ao possibilitar a interação de indivíduos espacialmente distantes em ambientes digitais e imersivos. Cada usuário poderá se representar virtualmente da forma como desejar em ambientes que simulam cidades inteiras.

mulher sorrindo
Segundo Eliane Schlemmer, doutora em Informática na Educação, “a palavra metaverso é um composto das palavras ‘meta’, que quer dizer “além”, e “verso”, abreviação de “universo”. Significa a tecnologia que possibilita a criação de universos digitais virtuais 3D”

“Por meio de um avatar, que é uma espécie de corpo tecnologizado em 3D, você literalmente entra, imerge em um novo universo, um espaço tridimensional criado digitalmente. Você pode caminhar, correr, voar e, conforme se desloca, o espaço também se modifica. A interação social é potencializada, porque você vê outras pessoas e interage com elas não somente por texto, mas também por voz e gesto”, completa Eliane.

avatar
Através de um avatar, que é uma espécie de corpo tecnologizado em 3D, você imerge em um espaço tridimensional criado digitalmente

Um mundo totalmente novo com milhares de formas de estudar, trabalhar, conhecer e conversar com pessoas, brincar, comprar e viver, enfim. Animado? Então, confira abaixo 5 experiências incríveis que você terá no metaverso.

  • Ir ao escritório

Imagina um espaço corporativo virtual de reunião onde você e seus colegas de trabalho, cada um em suas casas, interagem como se estivessem no mesmo escritório? Com o metaverso, isso será possível. A Microsoft é uma das empresas que promete entregar em breve a possibilidade de as organizações criarem suas próprias salas 3D.  

homem com blusa amarela
Hermano Jr., da Informa Markets, acredita que haverá uma série de benefícios para a educação, inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais e para o exercício ampliado da cidadania

“O 5G, as redes controladas por software, a computação em borda (edge-computing) e as telas de altíssima definição já permitem grandes avanços para que a imersão seja muito real em termos visual e auditivo. Além disso, hoje já existem dispositivos que simulam odores em diversas situações”, antecipa Hermano do Amaral Pinto Jr., diretor da Informa Markets, empresa de soluções digitais. 

  • Conhecer pessoas

É isso mesmo. Até a experiência de conhecer pessoas por meio de aplicativos será ressignificada. A Match Group, empresa detentora dos direitos sobre o Tinder, famoso app de relacionamentos, está estudando a possibilidade de criar um metaverso onde os usuários flertarão por meio de avatares 3D. O projeto contempla ainda a criação de uma moeda virtual — o tinder coin — que poderá ser usada para compras de presentes digitais via aplicativo.

“Vale lembrar que o metaverso é um caminho inevitável. E é natural que, sendo composto por tecnologias imersivas e possibilitando uma hiperconexão entre os usuários, ele impacte na forma como percebemos a realidade. Mas isso não significa algo negativo. Por meio dele, um usuário pode vir a conhecer lugares e pessoas que ele jamais conheceria se não utilizasse a ferramenta”, pontua Marcelo Rodino, sócio co-fundador e Head de Criação da Flex Interativa, empresa especializada em comunicação de experiência e metaverso.

  • Estudar

No metaverso, será possível, inclusive, replicar o ambiente escolar. Isso significa que alunos de diferentes partes do mundo poderão interagir em aulas imersivas. Da mesma forma, docentes conseguirão lecionar em diferentes partes do mundo em um só dia, bastando, para isso, mudar de sala. 

“Há uma série de benefícios para a educação, para a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais e para o exercício ampliado da cidadania. Caberá sempre a todos nós mantermos atenção sobre esse novo instrumental como elemento favorável para a sociedade como um todo”, sugere Hermano Jr.

  • Fazer compras

Se você gosta de passear sem tempo no shopping, o metaverso terá muitas experiências positivas para lhe oferecer. A ideia é que, uma vez implantada a tecnologia, ela permita a qualquer pessoa acessar lojas de várias partes do globo para passear, experimentar roupas e fazer compras. 

  • Viver em condomínio

“Pense em um projeto de modernização de um salão de festas ou uma reforma na rede elétrica de todo o prédio que possa ser acompanhada em tempo real pelos condôminos por meio de um aplicativo com visão de ‘raio x’. Ou pense nos ganhos de uma reunião de condomínio dentro de um universo digital. Essas são algumas frentes que o metaverso pode impactar no condomínio”, antecipa Marcelo Rodino, que também já foi síndico de seu prédio em São Paulo.  

E não apenas o condomínio. O mercado imobiliário tende a se reinventar neste admirável mundo novo. “Dá para imaginar o quanto a tecnologia de metaverso desafia e potencializa o setor imobiliário, que pode tanto se intensificar no digital, por meio da criação de empreendimentos imobiliários diversos como casas, parques de diversões, cinemas, praças, dentre outros; quanto criar empreendimentos que não possuem rebatimento no espaço físico, geográfico, mas são resultados de processos inventivos estritamente digitais”, destaca a professora Eliane.

 

Por: Aline Duraes

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