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Como montar uma rede de wi-fi nas áreas comuns do condomínio?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 05/10/2021

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Mais de 150 milhões de brasileiros. Essa é a estimativa de pessoas que utilizam atualmente Internet no país. O número, divulgado em setembro pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), representa 81% da população total, e as projeções são de que ele aumente ainda mais nos próximos anos. 

Os smartphones e celulares são os principais responsáveis por esse crescimento, já que é por meio deles que 99% dos usuários acessam a rede mundial de computadores no Brasil. Pautados em velocidade e mobilidade, os dispositivos modificaram a forma de as pessoas se comunicarem e aumentaram substancialmente a demanda por redes de internet sem fio.

Segundo o site Ipass, o número de redes wi-fi cresceu 271% desde 2013. “De crianças nos seus primeiros anos de vida até idosos, todos carregam algum dispositivo que depende do acesso à internet para serem plenamente utilizados, seja smartphones, tablets ou até notebooks. Eles fazem parte do nosso dia a dia e tornam o acesso à Internet de onde quer que estejamos extremamente necessário”, analisa Douglas Cucato, CEO da Planos Tecnologia, empresa de TI especializada em soluções de infraestrutura avançada.

Nesse mundo altamente conectado, redes wi-fi estão disponíveis em praças, estabelecimentos comerciais, residências e — por que não? — em condomínios. Na tentativa de proporcionar mais bem-estar a seus condôminos, não são raros os condomínios que disponibilizam acesso gratuito à Internet em corredores, halls, piscinas, academia e outras áreas comuns. 

Como instalar?

Antes de mais nada, é necessário contratar uma conexão à internet de banda larga diretamente de um provedor. Diferentemente do sistema wired, a rede wireless dispensa a necessidade de cabos, sendo assim a conexão é compartilhada por meio de roteadores que distribuem o sinal na área determinada. 

O projeto contempla resumidamente três etapas. A primeira é composta pela análise do ambiente físico onde a rede sem fio será instalada. É nesta fase que se verifica a existência de materiais que possam causar interferências no sinal de Internet. Na etapa seguinte, devem ser avaliadas a quantidade e os tipos de dispositivos que terão acesso simultâneo à rede. A partir daí, fica mais fácil identificar a banda necessária a ser fornecida e o melhor posicionamento das antenas para garantir uma plena cobertura do serviço. 

Por fim, segue-se “a instalação física e configuração lógica dos equipamentos para fornecer a melhor experiência, além de um repasse de conhecimento do sistema de gerenciamento da rede sem fio”, complementa Douglas Cucato.

Quais as vantagens?

Por dispensar a passagem de cabos por meio de paredes, tubos e canaletas, a rede sem fio acaba sendo mais fácil de implantar. Como não demanda grandes obras de instalação, é menos dispendiosa e tem baixo custo de implementação. Sem necessidade de gastar tanto para adaptar as áreas comuns para recebê-la, o condomínio fica livre para investir em roteadores mais potentes e outras tecnologias arrojadas.

Além disso, a autonomia em relação a fios faz com que a rede wi-fi chegue a lugares onde a Internet cabeada não consegue alcançar. “Quando a cobertura 5G, ou seja, a quinta geração de internet móvel, passar a operar, não somente pessoas, mas milhares de outros dispositivos estarão conectados entre si, pela rede. Mais do que nunca, será necessário pensar em projetos que facilitem a comunicação, os processos e a vida de todos que a utilizam”, indica o especialista Douglas.

Melhores práticas

A disponibilidade de wi-fi em áreas comuns do condomínio é o tipo de projeto que costuma agradar bastante os condôminos. Mas para que o sucesso seja pleno, o síndico deve atentar a detalhes importantes. Uma conexão lenta, com interrupções frequentes e pouco segura provavelmente trará mais dor de cabeça do que alegrias.

Para garantir o melhor acesso ao usuário condomínio, basta seguir regras simples na implantação do projeto. Confira abaixo:

  • Pesquise um bom provedor

O provedor é a empresa que fornecerá o sinal de Internet ao seu condomínio. Caberá a ele assegurar a conexão bem como dar suporte sempre que for constatado algum problema no sinal. Por isso, antes de decidir por uma empresa, faça uma pesquisa, avalie custo-benefício e, o principal, busque opiniões e recomendações de outros clientes.

  • Escolha uma velocidade de banda adequada

A velocidade de banda é o que garantirá um bom carregamento de páginas e rapidez no download de mídias, como vídeos e imagens. Isso significa que, se a velocidade contratada pelo condomínio for baixa, os usuários poderão sofrer com travamentos e lentidão na navegação. “É imprescindível que o link de internet disponível forneça uma velocidade adequada para a quantidade de acessos simultâneos pretendida. O ideal é que o provedor deste link contratado tenha, no mínimo, uma garantia de que a banda prometida seja entregue; do contrário, a experiência do usuário será diretamente impactada”, ressalta Douglas.

  • Atenção ao roteador

Um ponto muito importante em projetos de redes sem fio é o roteador, afinal é ele quem vai distribuir o sinal de Internet entre os diferentes dispositivos conectados. Para funcionar melhor, é importante que haja poucas barreiras físicas entre os ambientes. Geralmente, no caso de condomínios, são distribuídos alguns pontos de conexão distintos, com replicação do sinal. “Existem diversos modelos e fabricantes de roteadores no mercado, mas nem todos foram feitos para os mesmos tipos de ambientes e cargas de trabalho. Enquanto alguns são ideais para usos domésticos, onde a concorrência é de cinco a dez dispositivos simultâneos; alguns de uso profissional possuem a capacidade de conectar até mil dispositivos de forma simultânea”, afirma o CEO da Planos Tecnologia.

  • Cuide da segurança

Para garantir o máximo de segurança aos usuários da rede wi-fi das áreas comuns do condomínio, Douglas Cucato recomenda que todos os mecanismos de defesa possíveis sejam configurados. “Escolha uma solução robusta que inclua no pacote algumas ferramentas específicas para análise de vulnerabilidades, como por exemplo: firewalls de rede, endpoints, SIEM, etc”.

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Douglas Cucato, da Planos Tecnologia, conta que com a cobertura 5G muita coisa deverá mudar: “mais do que nunca, será necessário pensar em projetos que facilitem a comunicação, os processos e a vida de todos que a utilizam”

Outras medidas de segurança envolvem a mudança frequente de senhas, o uso de criptografia e a atualização constante do firmware do roteador. Por mais técnico que seja o assunto, é importante o síndico se atentar. “Cabe ressaltar que, uma vez conectados na rede sem fio, os acessos são de responsabilidade do estabelecimento onde estes estão sendo acessados. Inclusive, este é um constante da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, alerta o especialista.  

 

Por: Aline Duraes

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