Você conhece a arquitetura da felicidade?
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 11/12/2020
Arquitetura
Já pensou que gastamos 87% das nossas vidas dentro de edificações? E a maneira como esses espaços são projetados afeta e muito, em como nos sentimos e nos comportamos. O design não é apenas visual, é um processo racional, uma habilidade. E finalmente, uma ferramenta para melhorar nossa humanidade.
A pandemia veio acelerar um conceito que sempre defendi: a preocupação com o bem-estar na casa. Isso mesmo! Os ambientes não são apenas onde moramos, são muito mais do que peças de mobília, eles “falam” realmente sobre a nossa vida interior, sobre como vivemos como seres humanos.
Mais do que local de abrigo e proteção, a casa é nossa terceira pele, nossa esfera de reconhecimento. O filósofo suíço-britânico Alain de Botton, destaca em seu livro A arquitetura da felicidade: “Um lar é um espaço que consegue tornar consistentemente disponíveis para nós as verdades importantes que o mundo amplo ignora, ou que nosso eu distraído tem dificuldade em manter.”
Botton é um dos estudiosos que buscam mudar o foco do assunto para o indivíduo, sem deixar de lado a estética ou a funcionalidade. O filósofo também cita que quando somos atraídos por determinada construção e decoração, é porque a arquitetura e o design refletiram nossos valores. Algo parecido com o que acontece referente as obras de arte.
E cada obra de arquitetura expõe uma visão de felicidade, dependendo de quem observa e do repertório de cada um. Botton faz uma espécie de Feng Shui da contemporaneidade, analisando como o estilo e a aparência de cada construção e os objetos que a preenchem afetam a sensibilidade, o humor e até mesmo a personalidade dos homens.
Mas como assim? Simples! A atração por um ambiente é um reflexo da disposição de cada objeto, da mistura das texturas e mais ainda do valor sentimental que ele nos passa. E é bastante pessoal.
Ambientes não apenas contam a história e o uso de onde estão, mas também são os interlocutores diretos da mensagem que queremos transmitir. Conforto, delicadeza, rusticidade, relaxamento, sobriedade e por aí vai. E lembre-se: quando se prioriza as necessidades humanas e emocionais dentro de um espaço, o design pode ter um impacto profundo.
Em outras palavras, as pessoas são influenciadas de forma significativa e decisiva pela arquitetura à sua volta, seja a do lar, a do trabalho ou a das ruas. A arquitetura e o Design são capazes de modificar nossas vidas afetivas ou profissionais, influenciando o modo de ser e de sentir de cada um.
Fonte: Casa Vogue
Fotos: @homesmerizing / FreePik