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Aluguel de itens para a casa ganha espaço entre consumidores

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 04/05/2023

Tuim - Móveis para alugar (3)
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Já pensou que, em vez de comprar um liquidificador, é possível alugar um, quando surgir a vontade de fazer um suco ou uma vitamina? E se um dia for necessário pendurar quadros na parede… Em de chamar alguém para fazer o serviço, você pode simplesmente alugar uma furadeira e fazer você mesmo. A verdade é que os espaços nos apartamentos, especialmente nos grandes centros urbanos, estão cada vez mais reduzidos, e novas soluções estão sendo pensadas para contrapor esse cenário com serviços adequados.

 

A metragem média das unidades de até um dormitório, em São Paulo, por exemplo, caiu 40% em uma década, de 46,1 metros quadrados para 27,5, em 2021, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Já os apartamentos de dois dormitórios perderam mais de 13 metros quadrados, de 57,5 para 42,3, no mesmo período. Dados do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação, mostram que, em 2022, 50,8% dos lançamentos de apartamentos na capital paulista contemplam áreas entre 30 e 45 metros quadrados.

 

De olho nesse movimento, novas soluções estão chegando ao mercado, como, por exemplo, o aluguel de móveis e utensílios de casa, gerando ainda mais autonomia aos condôminos. A Tuim, por exemplo, é uma empresa que aluga móveis por assinatura. Ela surgiu pensando nas mudanças cada vez mais dinâmicas e frequentes de usuários em condomínios.

 

“As pessoas estão se mudando cada vez mais. O mercado imobiliário também entendeu isso. Atualmente, por exemplo, após um ano de contrato já não há mais multa. Então, para essas pessoas, existe o desgaste e despesas na hora de montar um novo lar, sendo necessário repensar toda a logística com esses móveis, novas aquisições ou a necessidade de se desfazer de algum deles”, diz Pamela Paz, CEO do Grupo John Richard, responsável pela marca.

 

Assim, surgiu o serviço, que funciona como uma espécie de aluguel de móveis por assinatura, sendo possível mobiliar a casa toda, com diferentes tipos de decoração, para qualquer situação, tamanho de família ou estrutura do imóvel.

 

“Qualquer pessoa que queira a liberdade para mudar a hora que desejar, sem burocracia e sem ficar preso a móveis comprados são o nosso público. Também temos clientes que procuram um lar por tempo determinado como expatriados, estudantes, profissionais em projetos e outros públicos de mobilidade, que também precisam de agilidade, segurança e comodidade. Além disso, corretores e profissionais de home staging também podem utilizar o aluguel de móveis para residências com o intuito de alavancar vendas com mais rapidez”, relata Pamela.

 

Por enquanto, a empresa tem abrangência apenas na grande São Paulo, mas almeja um futuro em expansão, pensando que mais e mais pessoas podem se interessar por esse tipo de serviço com o passar dos anos. “Acreditamos que, cada vez mais, as pessoas buscarão essas metas, além de valorizar mais o usufruir do que o possuir”, opina Pamela.

 

Um outro negócio que vem na mesma linha de utilização por demanda é o da empresa BOX24x7, que oferece uma proposta ainda mais dinâmica e que se adequa bem ao modelo de condomínio-clube, de residências estudantis ou mesmo apart hotel: armários instalados nas áreas comuns que oferecem utensílios práticos para o dia a dia, tais como furadeira, secador de cabelo, babyliss, Airfryer, entre outros, sob demanda. O cliente escolhe o que precisa, aluga numa máquina, e pode utilizar o item por um determinado período de tempo.

 

“A empresa surgiu após um trabalho de conclusão do meu MBA em Neurociência. Apresentei uma tese sobre compartilhamento de produtos através de um armário inteligente que utiliza IOT (internet das coisas). Paralelamente, o meu sócio esteve visitando a mãe em Israel, e ao visitar um Kibutz, conheceu o conceito de compartilhamento de utensílios e ferramentas através de uma moeda própria. Diante deste cenário, resolvemos arriscar e criamos a BOX24x7”, explica um dos sócios da empresa, Lino Reuters.


Ele conta que, atualmente, o perfil de clientes é formado por pessoas na faixa dos 20 aos 35 anos, na sua maioria, a chamada geração millennial. Atualmente, a BOX24x7 possui três armários na cidade de São Paulo: num condomínio da região central e também em duas repúblicas estudantis (Share e Uliving). No entanto, a empresa já planeja desenvolver seus serviços para um modelo de utilização via APP e delivery, algo que, em uma cidade como São Paulo, torna-se viável pela velocidade das entregas.

 

“Até o final do ano, a nossa meta é ter dez armários. Além disso, estamos validando o modelo de compartilhamento e locação através do delivery. Por meio do mesmo aplicativo, o morador vai poder optar por produtos que não estão no armário. O produto será entregue em menos de uma hora. Após o término do uso, o cliente clica na opção “devolver” no menu do aplicativo e o motorista, também em menos de uma hora, irá retirar o produto. E o melhor… ele só vai pagar pelo tempo de uso. Atualmente, temos planos por hora e pacotes de 12, 24 e 48 horas”, afirma o empresário.

 

O propósito de tais marcas também é impulsionar a economia criativa e mudar a forma de consumo para um modelo mais acessível, inteligente e autossuficiente. “Há produtos que são adquiridos e que são usados uma única vez e ficam ocupando espaço dentro dos imóveis. Em capitais como São Paulo, em que os apartamentos estão cada vez menores, ao contrário de ter objetos, o espaço é que se torna um luxo”, conclui Lino.

 

 

Por: Mario Camelo

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