PUBLICIDADE

Tudo sem sair de casa

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 19/06/2023

vista-lateral-do-homem-usando-smartphone
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Quem não gosta de conforto e conveniência? Hoje, com tantos afazeres e com uma correria sem fim no nosso dia a dia, é cada vez maior o interesse por serviços de ordem prática próximos à sua residência ou mesmo dentro de casa. Os condomínios-clube são a síntese dessa necessidade na nossa sociedade e oferecem serviços variados, além de uma gama de comodidades aos condôminos, que vão desde academias a cinemas, passando por salas de reunião, espaço pet, bibliotecas, mercados, salão de beleza e o que mais tiver espaço e interesse. 

 

As comodidades em casa vêm se popularizando tanto que, mesmo condomínios mais antigos, sem tanto espaço quanto um condomínio-clube, vêm se rendendo às facilidades de se ter tudo pertinho. É o caso do Condomínio Palazzo di Montova, de 90 unidades, localizado na Tijuca (RJ) e administrado pela APSA, que no final de 2021, transformou um pedaço de uma área do playground, que tinha pouca utilização, em um minimercado da rede SmartStore.

 

O projeto é uma iniciativa da síndica Sandra Muntoreanu, que é gestora do condomínio desde 2021, após um período de gestão entre 2010 e 2014. “Na época, era uma novidade e achei muito interessante, porque não tivemos custo, não teve gasto de implementação, de compra de mercadorias, de nada. No dia a dia, é muito bom, porque às vezes você está fazendo uma comida e falta algo… Você vai lá embaixo rapidinho e compra, o mercado oferece várias opções, de bebidas a produtos de limpeza”, explica.

 

A síndica conta que, em 2020, viu um espaço parecido num apart-hotel e que decidiu buscar informações pensando na implementação no prédio. O minimercado funciona em um modelo autônomo de gestão em que o próprio morador escolhe o seu produto, paga e leva. O condomínio ainda fica com uma pequena porcentagem nas vendas, o que acaba auxiliando no pagamento de algumas contas.

 

Para a implementação, Sandra compartilhou a ideia com o Conselho e a maioria votou positivamente, tornando possível a criação do minimercado que teve custo zero para as contas do prédio. A adesão dos moradores foi grande. Hoje, a grande maioria usa.

 

“Como não tivemos gastos e é um serviço que só agrega, inclusive valorizando o imóvel, achamos que valia muito a pena. Acabou que, hoje, o play que não era muito usado, agora tem sido mais frequentado pelos adultos, que às vezes descem para dar uma pausa, sentam, compram algo… Se tornou um espaço de convivência”, diz.

 

Os minimercados em condomínios também tiveram um grande impulsionamento durante a pandemia, quando as pessoas tiveram que ficar em casa, cumprindo o distanciamento social e quando comodidades como essa nunca fizeram tanto sentido. Dois anos depois, já com a retomada das atividades presenciais consolidadas, esses equipamentos continuam em plena atividade em diversas capitais.

 

Rodrigo Vasconcelos é franqueado da rede Fast4you, uma startup catarinense que já possui mais de 200 lojas em todo o território nacional, no mesmo formato de auto serviço. Através de parcerias com companhias como Nestlé Sorvetes, Ambev, Amoratto e Coca-Cola, os produtos são vendidos em valores bem semelhantes aos dos supermercados tradicionais.

 

Cerca de dois anos após a sua criação, a empresa também possui contratos com construtoras que buscam inovação para seus empreendimentos, ou seja, construções que já estão sendo planejadas com o espaço da Fast4you, e isto já é visto como um ponto de destaque na escolha da compra de imóvel ou mesmo na valorização de imóveis antigos.

 

“É um serviço que não para de crescer, a busca por essa prestação de serviço hoje é muito grande. Daqui a alguns anos não terá um condomínio sem um mercadinho. É uma grande tendência no Brasil tudo que gere comodidade, segurança, agilidade e preço justo, por isso a rede Fast4you cresce tão rápido”, afirma o franqueado.

 

Um outro serviço que também vem fazendo a cabeça de síndicos e de condôminos Brasil afora são as academias. A rede Kiko’s, que vende e aluga equipamentos de exercícios para o setor imobiliário, já soma mais de 50 mil salas de academias instaladas, entre hotéis, residências, condomínios e demais espaços. A rede que possui mais de 35 anos de mercado também já possui contratos com construtoras que desejam oferecer comodidade ainda na venda das unidades. 

 

“Ter uma academia no condomínio já é uma tendência há alguns anos e ela vem crescendo muito ultimamente. Nós oferecemos a maior linha de equipamentos de ginástica do mercado, permitindo ter os produtos ideais para a estrutura específica de cada espaço. Assim, podemos atender a diversos formatos, gerando diferentes performances, de acordo com o que o condomínio precisa”, afirma Julio Miglioli, diretor de Marketing da Kiko’s.

 

Julio afirma que os condomínios são um público com uma inadimplência baixíssima, e hoje, para facilitar na hora de apresentar e aprovar um projeto de academia para os condôminos ou síndico, foi desenvolvida uma ferramenta inovadora: um projeto 3D com um protótipo da academia, que é compartilhado com os moradores em assembleia. 

 

“A gente consegue desenhar em formato 3D como vai ficar a sala de ginástica, para que os condôminos possam enxergar e visualizar o produto final. Assim, o cliente não fica às cegas sem saber como será o espaço e faz toda a diferença visualizar”, diz.

 

Uma outra modalidade de negócio oferecida pela Kiko’s é a opção de locação dos equipamentos. “Os equipamentos têm uma vida útil, claro. Com a locação, temos a possibilidade de, ao término do contrato, retirar os equipamentos do condomínio, refazer o contrato e entrar com equipamentos novos posteriormente. No sistema de locação, nós sublocamos os equipamentos e fazemos uma manutenção preventiva contínua”, afirma.

 

Com tanto interesse, a empresa continuará investindo em condomínios. “Hoje, cerca de 35% da nossa verba é voltada para síndicos orgânicos, administradores e profissionais”, explica Julio. 

 

Uma outra franquia, também já conhecida no mercado de comodidades é a 5àsec, maior rede de lavanderia do Brasil com mais de 530 pontos de vendas, que agora, conta com os lockers, ou armários em português, como um modelo de negócio diferenciado no mercado de franquias. Também conhecido como armário digital, o formato pode ser instalado pelos franqueados que já compõem a rede em condomínios residenciais, comerciais e até academias. 

 

A estratégia da marca é oferecer uma experiência diferenciada, além de comodidade aos clientes, que podem deixar suas roupas para serem limpas pela lavanderia, sem precisar sair de casa. O locker surgiu graças a uma demanda dos próprios empresários, que buscavam a abertura de pontos de coletas dentro de condomínios para atendimento em horários alternativos. Além disso, o modelo de negócio se torna mais eficiente porque dispensa o uso de um colaborador, além de funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, de acordo com a necessidade dos consumidores e no horário de sua preferência, assim como os minimercados. 

 

Atualmente, a marca conta com armários em funcionamento nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Pará. “Com o crescimento de empreendimentos menores e a maior necessidade de estar próximo aos clientes, fomos os primeiros no segmento de lavanderia a implantar o modelo de locker em condomínios e centros comerciais como academias, malls, etc. Além disso, houve uma necessidade dos próprios condomínios em oferecer mais serviços e comodidades aos condôminos, principalmente devido à covid-19. Atualmente, a 5àsec conta com cerca de 10% da rede oferecendo esse tipo de serviço. Temos a expectativa de crescer cerca de 20% com esse formato de negócios em 2023”, revela o vice-presidente de Marketing e Vendas do Grupo 5àsec, Alex Quezada.

 

Como instalar e criar comodidades no seu condomínio

 

O crescimento de modelos de negócio como academias e minimercados em condomínios de qualquer tipo e tamanho provam que tais comodidades vêm se tornando decisivas e até mesmo critérios na hora de comprar um imóvel, por exemplo.

 

E para instalar espaços como esse ou vending machines, que são as máquinas automáticas de doces, bebidas e outros itens, é necessário, essencialmente, aprovação em assembleia. O síndico precisa do aval do Conselho ou dos moradores antes de fazer qualquer tipo de intervenção, especialmente se tiver algum custo. 

 

O Código Civil é claro quanto à propriedade em condomínio. Além de ser proprietário de sua unidade, o condômino possui uma fração ideal das partes comuns. Como uma loja de conveniência em condomínio residencial fica em um espaço coletivo, é preciso submeter a questão à aprovação em assembleia.

 

Já as máquinas não possuem nenhuma necessidade de aprovação, pois não há regulamentação específica sobre tais casos, no entanto, é importante comunicar aos demais moradores e, se necessário, pedir a aprovação em assembleia, antes de implantar.

 

 

Por: Mario camelo

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE