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Como os condomínios podem incentivar um estilo de vida mais saudável aos seus moradores?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 19/03/2024

Side view of beautiful muscular woman running on treadmill.
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Seja através da instalação de academias ou a simples programação de atividades avulsas, como aulas coletivas, os benefícios desta iniciativa são inúmeros. Até mesmo a valorização dos imóveis

 

Com certeza, em algum momento, você já ouviu falar que exercício físico faz bem para a saúde física e mental. E praticar exercícios físicos regularmente é de extrema importância para evitar diversas doenças, aumentar a expectativa de vida e trazer mais leveza para um dia a dia agitado.

 

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que adultos pratiquem de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana. E para crianças e adolescentes o indicado é uma média de 60 minutos por dia. Não é à toa que, de acordo com uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine*, 2 horas e meia de atividades físicas semanais gera uma melhora considerável na saúde mental de qualquer pessoa.

 

No dia 10 de março é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, porém, muitas pessoas ainda estão acostumadas com essa condição, porque tiveram experiências negativas em relação à prática de esportes sem o acompanhamento de um profissional ou porque têm dificuldades de encontrar uma prática de atividade física que possa ser feita em qualquer lugar e horário, e que se adapte em suas agendas.

 

Visto isso, muitos condomínios têm disponibilizado áreas de lazer destinadas à prática de diferentes tipos de atividades físicas, para que seus condôminos possam escolher as que mais se identificam e usufruir dos benefícios de tê-las no conforto de casa, afinal, não ter academia no condomínio não é mais desculpa para não proporcionar qualidade de vida aos moradores. Mesmo em condomínios que não dispõem desse tipo de espaço montado, é possível contar com atividades físicas diferenciadas que ajudam no condicionamento dos moradores, aumentam a convivência e melhoram o relacionamento entre eles.

 

Atividades como aula de dança, funcional, luta, yoga, corrida/caminhada, alongamento, escolinha de esportes para crianças e até atividades específicas para deficientes físicos e idosos são algumas das inúmeras modalidades que o síndico pode implantar no condomínio mesmo que não haja uma sala de ginásticas e/ou academia.

 

Na opinião de Marina Donatti, da Revitta Gym, empresa de aparelhos e acessórios de ginástica, ter um espaço adequado com os equipamentos necessários para a prática de atividade física é essencial. “Muitos prédios e condomínios não investem nesse espaço, não querem ou não podem assumir os custos de comprar os materiais necessários, porém, uma sala equipada com aparelhos de ginástica básicos, como pesos livres e talvez até mesmo algumas máquinas cardiovasculares, pode tornar mais conveniente para os moradores se exercitarem regularmente”.

 

Implementação do espaço

Além de proporcionar um espaço de bem-estar aos moradores, a construção de uma academia e/ou sala para aulas coletivas também é importante para valorizar o condomínio, aliás, o público mais jovem valoriza bastante esse tipo de espaço ao comprar um imóvel e está disposto a pagar uma quantia mais alta pela disponibilidade desse serviço.

 

A escolha do espaço depende da modalidade esportiva escolhida e do tamanho do grupo que treinará no mesmo horário, por isso, é interessante realizar uma pesquisa entre os moradores e consultar o profissional contratado sobre o melhor espaço a ser utilizado. Salão de festas, quadras, piscinas e outros locais podem ser utilizados para atividades físicas, desde que respeitando o regulamento interno e com a devida autorização do síndico e/ou do conselho consultivo.

 

“A instalação de uma academia é a opção mais eficaz para atender a vários tipos de necessidades justamente por dar a possibilidade de os moradores escolherem entre treinos de força, aeróbicos, funcionais ou até mesmo treinos com personal dentro da academia. Porém, um espaço para aulas coletivas também pode ser uma boa opção porque pode ser adaptado a qualquer público independentemente da idade, habilidade física ou experiência prévia com exercícios”, defende Marina.

 

Se o condomínio optar por empresas de assessoria esportiva, os valores de gerenciamento das atividades dependem da quantidade de modalidades, dias e horários contratados. No entanto, como o custo será compartilhado entre os apartamentos diretamente no pagamento mensal do condomínio, o valor pode ser de 60% a 70% menor do que a mensalidade de uma academia de grande porte, quanto maior o número de moradores que aderirem.

 

Quando pesquisamos o custo de uma academia, por exemplo, o valor mensal pode chegar até quatro vezes mais alto do que se a pessoa fizesse as mesmas aulas no condomínio. Mas se a opção for por personal trainers, os valores devem ser combinados diretamente com o profissional, mas tendem a ser menores quanto maior o grupo.

 

A escolha entre uma empresa de assessoria esportiva e um personal trainer varia de acordo com as necessidades e desejos de cada condomínio. No entanto, é preciso ponderar as diferentes características de cada tipo de serviço prestado. Empresas de assessoria esportiva não caracterizam vínculo empregatício e oferecem pronta reposição de professores, no entanto, podem ter custos mais elevados devido às cargas tributárias a que estão sujeitas. Já o personal trainer pode oferecer custos menores para atividades em grupo e treinamentos individualizados, mas representam um custo maior no caso das aulas individuais e caracterizam vínculo empregatício, uma vez que possuem dias e horários de trabalho determinados.

 

Regimento interno

Caso o condomínio já tenha uma academia de ginástica é necessário que seu uso esteja regulamentado. Orientações importantes devem ser registradas no regimento interno, tais como: horário de funcionamento; sistema de operação (retirada de chaves, equipamentos, etc.); controle de acesso (que pode ser restrito a moradores ou aberto a visitantes); necessidade de autorização dos pais no caso de crianças e adolescentes; definição de responsabilidade por acidentes pessoais; criação de penalidades em caso de descumprimento de regras; treinamento sob orientação profissional; e contratação de profissionais indicados apenas pela administração.

 

Por fim, é essencial ter atenção à manutenção preventiva dos equipamentos. As lesões provocadas aos usuários por má conservação podem gerar consequências legais para o síndico e para o condomínio. E vale lembrar também que para realizar qualquer tipo de atividade física é necessário apresentar um atestado de aptidão física que, por determinação do Conselho Regional de Medicina, deve ser renovado anualmente.

 

Por: Juliana Marques

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