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Pix parcelado: como funciona e o que muda para o consumidor?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/03/2022

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Conforme os meios de pagamento avançam no Brasil, é possível perceber uma forte tendência à digitalização: é um adeus ao uso do dinheiro em espécie, mas pode também ser o começo de uma despedida ao tão controverso cartão de crédito também — algo que as principais instituições financeiras olham com curiosidade. E toda essa mudança, importante deixar claro, vem por consequência de uma única ferramenta: o Pix.

Desde o início de sua implantação, ao final de 2020, já era de se esperar que essa ferramenta fosse transformar a forma como realizamos transferências e pagamentos. O que não se previa é que o sucesso fosse tão rápido: com menos de dois anos de existência, o Pix já ultrapassou o uso de DOCs e TEDs e tem se tornado um meio de pagamento muito utilizado para os negócios. Agora, ele também desempenhará uma função específica do cartão de crédito, que é a possibilidade de parcelamento.

 

Como funciona o parcelamento com Pix?

Banco Central liberou essa nova função do Pix e alguns bancos e fintechs acrescentaram essa possibilidade em seus aplicativos. A ideia é que a pessoa receba o valor total do pagamento, à vista, ao passo que, quem paga, pode parcelar o valor. Tudo isso sem a necessidade de um cartão de crédito para incluir na operação.

Os juros dessa nova fase, entretanto, ainda não foram definidos pelo Banco Central. Dessa forma, cada instituição financeira tem adotado um caminho. Por enquanto, apenas o SantanderMercado Pago e PicPay disponibilizaram o parcelamento do Pix, cada um com algumas regras diferentes.

No Santander, o lançamento veio pelo “divide o Pix” e deu a possibilidade de parcelar um valor do Pix em até 24 vezes, com parcelas a partir de R$ 5. A contratação é simples e 100% digital, deve ser solicitada pelo aplicativo do banco. A taxa de juros para o Santander é de 3,09% ao mês.

Para o Mercado Pago, o parcelamento do Pix só funciona para quem já tenha uma linha de crédito pré-aprovada dentro da instituição financeira, que tenha um valor igual ou maior do que a compra desejada. Diferente do Santander, o Mercado Pago permite o parcelamento em até 12 vezes, com valor mínimo de R$ 15 por parcela.

Por fim, para o PicPay é necessário o uso da carteira digital. O limite do cartão de crédito pode ser utilizado para fazer um Pix — o que ajuda o usuário nos momentos em que é necessário enviar uma certa quantia, mas não há dinheiro na conta. O valor da transferência poderá ser parcelado em até 12 vezes e será transferido ao valor da fatura.

 

Essa nova ferramenta vai acabar com o cartão de crédito?

Ainda é cedo para fazer afirmações, posto que o próprio Banco Central ainda não liberou informações mais atualizadas sobre o parcelamento do Pix. No entanto, com base nas instituições que já liberaram a ferramenta para uso, é possível perceber que o uso no final será bastante decidido pelos juros.

Hoje, o cartão de crédito lida com altos juros tanto para lojistas quanto para usuários. Com a implementação do Pix parcelado, pode ser que as taxas sejam diferentes e, a partir disso, haja uma migração para o uso da nova ferramenta. Tudo depende de como será a regularização desse parcelamento.

Quanto ao uso comum do Pix, a tendência é que os números continuem crescendo. Para este ano, o Banco Central divulgou algumas novidades que já estão em andamento e devem ser lançadas em breve. Ainda em 2022, será possível realizar transações por Pix mesmo offline, sem conexão com a internet. Além disso, a ferramenta deve ter um sistema de pagamentos instantâneos para transações internacionais e funcionar como débito automático.

 

Fonte: Consumidor Moderno

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