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Confira dicas para economizar energia elétrica no verão

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 11/01/2023

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Todo início de verão sempre traz preocupação para o consumidor por conta do aumento no consumo de energia elétrica e, consequentemente, do aumento da conta de luz. A época também é conhecida por render apagões em todo o país, bem como o valor geral dos quilowatts de forma geral. Mas e agora? Como se preparar para passar o verão sem grandes traumas? Como economizar energia? As contas vão continuar aumentando? E os apagões?

Para tentar realizar uma previsão deste cenário para 2023, conversamos com Andressa Cindra, engenheira eletricista da Techrio Engenharia, empresa especializada em projetos, estudos e serviços elétricos. Ela explica que, antes de mais nada, é preciso ter em mente que as hidrelétricas correspondem a cerca de 60% do suprimento de energia elétrica no Brasil e que temos dois fatores principais que possibilitam a probabilidade de apagões: a redução no nível dos reservatórios devido à diminuição dos índices pluviométricos e picos de consumo que são impulsionados no verão. 

“De acordo com um estudo realizado pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), há projeção de aumento considerável no volume dos reservatórios que suprem o SIN (Sistema Interligado Nacional), se comparado a 2022. Dessa forma, na minha análise, não há possibilidade de apagões em 2023, no que tange ao atendimento de demanda e produção. A única chance de apagão poderia ser ocasionada por algum problema de caráter técnico, como, por exemplo, a falta de redundância em algum ponto da rede durante o transporte de energia”, explica ela.

Já sobre os valores das contas de luz para 2023, segundo a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, em uma estimativa entregue ao grupo de Minas e Energia da equipe de transição do governo Lula (PT), em 2023, espera-se que a conta de luz aumente em até 5,6% a partir de janeiro, mês que também marca a entrada do novo governo ao poder. 

Para a especialista, os aumentos na conta ainda não são certeza, mas existe uma grande possibilidade que ocorram:

“As oscilações na relação oferta-demanda influenciam os preços da tarifa, algo normal em uma economia de mercado. Porém, analisando o cenário energético brasileiro atual, não podemos deixar de expor alguns pontos: a dependência da matriz hídrica, a mudança de governo e a privatização da Eletrobras. Todos esses fatores se inter relacionam para dar uma previsibilidade quanto à tarifação da energia elétrica nos próximos anos”, diz Andressa.

Ela acredita que a privatização da Eletrobras pode impactar consideravelmente as tarifas talvez até acima da projeção prevista, pois a energia elétrica deixará de ser comercializada a um preço fixado pela Aneel para ser negociada livremente no mercado regulado.

“Sendo a Eletrobrás responsável por praticamente metade da capacidade de geração de energia elétrica do Brasil, isso acaba consequentemente tendo grande influência no valor final da tarifa. Com a venda, o governo deixou de ter a maioria das ações e não poderá usar a Eletrobras para fazer políticas públicas e energéticas”, diz.

 

Horário de verão: bom ou ruim para o consumidor?

Nos últimos anos, muito se falou sobre o horário de verão. Ele não diminui os valores da conta de luz, mas movimenta bastante a economia e o setor. Agora, será que o horário é positivo ou negativo para o bolso do consumidor?

“Se avaliarmos como objeto de análise o consumidor, o horário de verão não traz redução considerável nos valores na conta de luz, uma vez que a redução do consumo nesse modelo se dá através do aproveitamento da luz natural por mais tempo. Porém com a criação de lâmpadas cada vez mais eficientes, como, por exemplo, a lâmpada LED, que consome cerca de 10% de eletricidade se comparada com as incandescentes, esse valor acaba sendo inexpressivo no valor total da conta de luz para o consumidor. Num passado, onde as lâmpadas consumiam potências consideráveis, esse aumento seria expressivo, mas no cenário atual não”, resume a engenheira.

Dicas para economizar energia elétrica em casa e no condomínio

E como o cenário atual está apontando para incertezas nos preços da conta, a engenheira eletricista Andressa Cindra elaborou algumas dicas para economizar energia elétrica em casa e nas áreas comuns do condomínio. O ar-condicionado e o chuveiro elétrico ainda são os principais vilões, mas é possível continuar utilizando-os e economizar.

 Confira as dicas para economizar energia elétrica em casa:

  • Substituir as lâmpadas fluorescentes/incandescentes por LED;
  • Substituir equipamentos antigos de alto consumo energético (de aquecimento ou refrigeração) por novos com selo Procel de eficiência energética classe A;
  • Manter o ar-condicionado higienizado, pois em caso de estar sujo, o temporizador do ar-condicionado será acionado mais vezes para manter a temperatura;
  • Em caso de uso de chuveiro elétrico, reduzir o tempo de banho;
  • Verificar a integridade da borracha de vedação da geladeira.

Confira as dicas para economizar energia elétrica nos condomínios:

Condomínios pequenos:

  • Troca de iluminação de corredores por lâmpadas de LED com sensor de presença;
  • Para áreas abertas como estacionamento, em que são utilizadas lâmpadas de vapor, fazer a substituição por projetores de LED;

Condomínios de médio/grande porte:

  • Manutenção preventiva anual nos equipamentos, com manutenções corretivas se necessário;
  • Revisão elétrica para avaliar a condição da instalação elétrica, como equilíbrio de cargas; 
  • Utilização de equipamentos de aquecimento e refrigeração com selo Procel de eficiência energética classe A; 
  • Instalação de isolamento térmico para diminuir a influência do clima externo no ambiente interno;
  • Contratar empresa especializada para fazer estudo de qualidade de energia, que possibilita gerar um diagnóstico com indicações de melhorias para gerar redução de custos com economia de energia.

 

Por: Mario Camelo

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