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Síndicos profissionais são nova tendência em Goiânia, apontam especialistas

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 29/02/2024

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O processo de moradia verticalizada em Goiânia vem ganhando atualizações anuais e pode ser mensurada pelos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – com aumento de 9,02%.

São quase 360 mil pessoas que moram em apartamentos, muitos deles em condomínios com verdadeiros microuniversos, com áreas de lazer, escritórios, clínicas e até mercados. Diante da transformação das moradias em empresas multifacetadas, cargos antes ocupados por moradores agora exigem mão de obra qualificada, a exemplo do síndico profissional.

Assim, os goianienses estão percebendo que gerenciar um prédio residencial com centenas de famílias envolve mais que algumas assembleias ou contratos assinados.

Neste cenário, surge a demanda por um síndico profissional, que não necessariamente se trata de um morador e pode, inclusive, gerenciar uma série de locais simultaneamente.

“As habitações têm se tornado uma espécie de negócio”, resume o presidente da Comissão Especial de Direito Condominial da OAB Goiás, Alberto Vinícius Araújo Pequeno. A explicação parte do princípio de que uma série de serviços disponibilizadas aos moradores precisam de um olhar clínico quanto a manutenção, contratações.

“Um prédio residencial hoje tem academia, salão de festas, aulas, quadras, espaço gourmet, piscina. Tudo isso precisa de conhecimento para gerir” , ressalta.

Ao Portal 6, o especialista ainda que os condôminos estão mais exigentes e cada vez mais procurando os próprios direitos.

Por outro lado, o síndico pode responder civil e criminalmente por determinadas situações. Um exemplo seria o de um acidente em área comum do condomínio onde o piso for liso e não antiderrapante (se assim constar na norma). “É um fator que agrava a atividade”, explica.

Já a síndica profissional, Luana Alkmim, compartilha da opinião e acrescenta outra necessidade dos fatores que empurram o amadorismo para escanteio.  “Para além da pouca disponibilidade de tempo, as pessoas têm buscado não se envolver tanto. Ninguém quer ver o vizinho virar a cara no elevador”, destaca.

Vale ressaltar que, regulamentado por lei, o síndico profissional ainda pode atuar com uma equipe multidisciplinar, com encarregados do setor financeiro, contratos, compras e manutenções, por exemplo. Como a prática em si não é regularizada, não há formação exigida, contudo, já existem cursos profissionalizantes.

A desvantagem, por sua vez, seria a falta de presença física e acompanhamento diário das questões condominiais. “Mas, às vezes, o próprio morador também não está presente”, destacou Luana.

De acordo com a proprietária da JLA Condomínios, que gerencia 10 locais, localizados principalmente nos setores Oeste, Marista e Bueno, a demanda pelo síndico profissional se tornou frequente a partir da pandemia, em meados de 2021, juntamente com a ‘boom’ do mercado imobiliário da capital.

“O goiano é muito conservador. Existe uma resistência em relação a terceirizar o cargo, mas os próprios condomínios já nascem com essa concepção. Os moradores entendem que são muitas questões envolvidas”, disse.

Fonte: Portal6

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