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Os bairros mais caros do país

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/08/2023
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An amazing aerial shot of the Singapore cityscape with lots of skyscrapers
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Você sabia que os bairros mais caros do país estão em São Paulo e Rio de Janeiro? As duas principais cidades brasileiras em termos turísticos e econômicos também abrangem os endereços mais caros, seja para aluguel ou venda de imóveis, de acordo com o último relatório mensal do Índice FipeZAP+, uma parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a empresa ZAP+, que mede os preços de anúncios de imóveis para aluguel ou venda em bairros das capitais brasileiras.

O relatório do mês de junho de 2023, que compara os preços com maio e mostra também uma variação de percentual dos últimos 12 meses, ilustra que Leblon e Ipanema, no Rio de Janeiro, são os bairros mais caros do Brasil, seja para aluguel ou venda de imóveis. Em seguida, vem os bairros de São Paulo: Itaim Bibi, Pinheiros, Jardins e Paraíso, que pouco variam de posição nas duas listas. 

Chama a atenção a grande alta no preço dos aluguéis de Ipanema e Leblon, que atingiram 46,7% e 31,5%, respectivamente, nos últimos 12 meses, segundo o relatório. Fora do eixo Rio-São Paulo, há cidades de outras capitais nas duas listas. Nos bairros mais caros para a venda de imóveis, aparecem Savassi, em Belo Horizonte; e Mata da Praia e Enseada do Suá, em Vitória. Já entre os bairros mais caros para aluguel, aparecem o bairro litorâneo Pina, em Recife; e o Marista, em Goiânia.

É importante destacar que o índice mede apenas os bairros das capitais. Há outras cidades que se destacam no ranking, como Balneário Camboriú, um dos principais destinos turísticos do Brasil e que, em termos de cidade, conta com o metro quadrado mais caro do país, segundo o último levantamento do Fipe/ZAP+: R$11.066,00.

Confira os 10 bairros mais caros das capitais brasileiras para venda e aluguel, segundo o Índice Fipe/ZAP+ (junho de 2023):

VENDA DE IMÓVEIS
Estado, cidade, bairro, valor e variação em 12 meses, segundo Índice Fipe/Zap (relatório de junho de 2023, referente a maio)

RJ – Rio de Janeiro – Leblon – R$22.374 m/2 +3,2%

RJ – Rio de Janeiro – Ipanema – R$20.721 m/2 +5,2%

SP – São Paulo – Itaim Bibi – R$16.690 m/2 +6,1%

RJ – Rio de Janeiro – Lagoa – R$16.564 m/2 -0,5%

SP – São Paulo – Pinheiros – R$15.955 m/2 +7,9%

SP – São Paulo – Jardins – R$14.586 m/2 +6,6%

ES – Vitória – Enseada do Suá R$14.185 +32,2%

SP – São Paulo – Moema R$14.017 +5,6%

MG – Belo Horizonte – Savassi R$13.985 +8,4%

ES – Vitória – Mata da Praia R$13.162 +16,1%

ALUGUEL DE IMÓVEIS
Estado, cidade, bairro, valor e variação em 12 meses, segundo Índice Fipe/Zap

(relatório de junho de 2023, referente a maio)

RJ – Rio de Janeiro – Ipanema – R$92,6 m/2 – +46,7%

RJ – Rio de Janeiro – Leblon – R$86,4 m/2 – +31,5%

SP – São Paulo – Itaim Bibi – R$75 m/2 +18,3%

SP – São Paulo – Pinheiros – R$74 m/2 +22,9%

SP – São Paulo – Paraíso – R$61,1 +22,1%

SP – São Paulo – Moema – R$61 +14,9%

SP – São Paulo – Jardins – R$60,3 +12,5%

PE – Recife – Pina – R$58,6 +12,7%

GO – Goiânia – Marista – R$54,6% +34,1%

SP – São Paulo – Bela Vista – R$53,8 +15%

Em relação ao aluguel no Rio de Janeiro, a APSA também faz um levantamento na cidade que demonstra resultados parecidos com o Índice Fipe/ZAP+, sendo os bairros mais caros Ipanema (R$115,47) e Leblon (R$111,81), referentes ao mesmo período: junho de 2023. O que chama a atenção é que o bairro que vem depois no ranking, Botafogo, apresenta um valor quase 50% mais em conta: R$59,44.

O Gerente Geral de Imóveis (Locação e Vendas) e de Condomínios da APSA, Jean Carvalho, não se surpreende com o resultado: 

“A concentração dos bairros mais caros do Brasil para compra, venda e locação de imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo é uma consequência esperada, dada à posição dessas cidades como os principais pólos econômicos e turísticos do país. Elas abrigam as sedes de muitas das principais empresas e instituições financeiras, além de serem centros industriais e comerciais. Isso resulta em uma grande concentração de empregos e oportunidades de negócios, o que atrai uma população diversificada e aumenta a demanda por imóveis nas áreas urbanas”, completa. 

Jean Carvalho também explica que a demanda por imóveis em bairros de alto padrão é impulsionada pelo turismo, em ambas as cidades. 

“Tanto o Rio de Janeiro quanto São Paulo são destinos populares para turistas brasileiros e estrangeiros. O Rio de Janeiro é conhecido por suas praias icônicas, como Copacabana e Ipanema, e sua paisagem deslumbrante. Já São Paulo é um centro cultural e de entretenimento com inúmeras opções de lazer, restaurantes, museus e eventos. Esses fatores combinados criam um mercado acolhedor nas áreas mais valorizadas das duas cidades”, afirma.

Para ele, a oferta de imóveis em bairros nobres também pode ser relativamente limitada, impulsionando ainda mais os preços. 

“Além disso, uma infraestrutura desenvolvida nestas áreas, como escolas de prestígio, acesso a serviços de qualidade e segurança, também contribui para o aumento dos valores dos imóveis”, diz. 

O gerente da APSA destaca ainda que essa concentração de riqueza e valorização imobiliária em algumas áreas ainda pode gerar desigualdades sociais e espaciais. 

“A falta de acesso a moradias de qualidade em regiões mais valorizadas pode levar ao adensamento de outras regiões menos favorecidas, criando problemas de infraestrutura e serviços públicos. O poder público deve estar atento a essas questões e buscar políticas de desenvolvimento urbano mais equitativas”, completa.

Sobre as perspectivas para o futuro, Jean acredita que é difícil fazer uma previsão sobre a movimentação do mercado imobiliário.

“Mas é provável que essas cidades continuem a concentrar uma parte significativa dos imóveis de alto valor para locação e compra e venda a curto e médio prazo. As razões para essa expectativa estão relacionadas à infraestrutura existente, atrativos turísticos e às oportunidades empresariais e de emprego que estas cidades oferecem. No entanto, é importante ressaltar que as dinâmicas do mercado imobiliário podem mudar ao longo do tempo. Políticas governamentais, mudanças impulsionadas pelos compradores e evolução econômica do país podem influenciar a distribuição dos imóveis valorizados em outras regiões do Brasil”, conclui.

 

Por: Mario Camelo

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