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Alerta vermelho: estratégias para evacuação em condomínios

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 18/10/2022

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Entre as inúmeras obrigações dos síndicos, uma das funções essenciais é obter um programa completo de prevenção de incêndio nos condomínios. É dever dele estar ciente das determinações de segurança previstas na legislação, aplicar essas regras nas áreas do prédio, realizar as revisões dos itens de proteção e ter noções de como proceder nas evacuações. 

É o que faz a síndica, Nina Noronha, para se precaver dos incêndios. “Em um condomínio é de suma importância que estejam atualizados o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e extintores, como também hidrantes, pessoal treinado e sistema de detecção de incêndio. Além disso, para aprimorar ainda mais a prevenção, se faz necessário a manutenção periódica de todos os equipamentos, instalação de alarmes de incêndio, detectores de fumaça e sprinklers. Com relação aos extintores deve-se ter pelo menos dois por andar, sendo que eles precisam atender às classes A, B e C. Os hidrantes precisam estar enrolados adequadamente e deve-se realizar a manutenção das portas corta-fogo, certificando que estejam sempre fechadas, sem trancar e sem obstruções”, recomenda.  

De acordo com o major Vagner Nascimento, subcomandante do 1° Grupamento de Bombeiro Militar (GBM), os principais agentes causadores de incêndios em condomínios são velas, gambiarras elétricas e o gás de cozinha como panelas esquecidas no fogo. Segundo ele, é importante realizar procedimentos básicos e ágeis como informar o local, nome completo, número do telefone e relato do que ocorre.

É indicado que o condomínio cumpra com as normas técnicas presentes na lei de segurança contra incêndio e pânico, lei federal nº 13.425/2017, além de cumpridas as normas estabelecidas por cada Estado. Em geral, é citada a instalação, por exemplo, de uma brigada de incêndio no condomínio devidamente capacitada, atenção aos requisitos de segurança, manuseio e transporte de equipamentos elétricos ou a combustão, bem como o estabelecimento de programas de prevenção para todos os condôminos.

O treinamento anual de brigada de incêndio nos condomínios também é outro fator importante. Com os conhecimentos atualizados, os condôminos têm mais segurança para agir diante de um eventual sinistro e terá consciência dos riscos e dos cuidados a serem adotados, a fim de prevenir emergência de incêndio. 

“É válido elaborar um plano de emergência com o intuito de orientar moradores e os colaboradores quais devem ser as ações adotadas em caso de incêndio. Se possível contar com o auxílio de um bombeiro civil para realizar uma simulação de treinamento”, conta Nina. Além disso, ela também sinaliza sobre o seguro de incêndio como algo crucial para garantir a proteção do imóvel e cobrir danos causados por incidentes gerados. 

“Ter um seguro em condomínio é primordial, não somente pela obrigatoriedade, conforme está previsto na lei e sim pela segurança e garantia que o mesmo oferece caso ocorra algum dano no condomínio. Eu, como síndica, me sinto mais confortável com essa proteção do patrimônio dos moradores. Sabemos que mesmo com todas as prevenções, incidentes podem acontecer e ter um seguro nesses momentos, faz toda a diferença”, diz.

 

Evacuação correta

Em caso de evacuação, o major Vagner Nascimento explica que devemos descobrir de forma segura o que está queimando e a extensão do fogo. “É necessário manter a calma, acionar os alarmes se houver no apartamento/casa, ao sair fechar as portas sem trancá-las, desligar a eletricidade, ter atenção às pessoas ao seu lado e se deslocar para o ponto de encontro fora da edificação”, indica.

Para evitar lesões de todos os níveis e até fatais é necessário contar com luzes de emergência em escadarias, espaços de uso comuns e demais pontos estratégicos do condomínio. O major orienta ainda ter alarmes sonoros em bom estado de conservação e que possam ser ouvidos por todos, saídas de emergência bem sinalizadas, mapeadas e divulgadas, extintores e equipamentos de combate de incêndios dentro da validade, em locais visíveis, de fácil acesso e sinalizados, portas corta-fogo em todos os andares assim como o AVCB emitido pelo Corpo de Bombeiros do estado onde se localiza o condomínio. Todas essas medidas atestam que tudo está adaptado para facilitar a evacuação e entrada dos bombeiros.

Veja as orientações de segurança aplicada em caso de evacuação em condomínios residenciais por incêndio:

– Na ocorrência de incêndio em casa ou apartamento saia imediatamente;

– Se ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão;

– Use as escadas, nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os elevadores;

– Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo;

– Procure um lugar perto de janelas e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior; 

–  Procure conhecer o equipamento de combate ao incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência;

– NÃO salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos; 

– Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE. Chame o Corpo de Bombeiros imediatamente.     

 

Por: Fabiana Oliva

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