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Conheça falhas de segurança mais comuns em condomínios e saiba como evitá-las

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/08/2023

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Diversas pesquisas apontam que a busca por segurança é um dos principais motivos que levam uma pessoa a residir em condomínio fechado. Além da sensação de mais liberdade para as famílias, esse tipo de moradia também pode oferecer estrutura de vigilância e monitoramento que, em tese, dificulta a ação de invasores. No entanto, a realidade pode ser outra, caso não haja planejamento e esforço para reduzir as diferentes ameaças à proteção do local.

 

Com frequência, golpes usados para invadir condomínio ganham repercussão na imprensa e nas redes sociais. Entre os exemplos mais comuns estão: pessoas se passando por prestadores de serviço, por moradores ou familiares de moradores, agentes de saúde ou até da polícia. Na maioria dos casos, os criminosos tentam se aproveitar de falhas no sistema de segurança para ter acesso às residências. 

 

José Elias de Godoy, especialista em segurança de condomínios, destaca um episódio recente, quando falsos agentes, com uma viatura clonada da polícia civil, tentaram invadir um prédio de luxo nos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo. O golpe fracassou após o porteiro desconfiar da dupla de policiais, alegando que chamaria um desembargador, morador do local, para acompanhar a visita. 

 

“A atuação do porteiro foi de extrema importância para impedir o acesso dos ladrões uma vez que, deixou os supostos policiais fora do prédio; solicitou o mandado de busca; informou que entraria em contato com um morador, que seria desembargador, para fazer verificação da documentação, bem como o síndico, que também é advogado, para checar o mandado. Por fim, disse que abriria o portão somente na presença do desembargador, do síndico advogado e de agentes da Polícia Militar que ele acionaria”. 

 

Autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”, José Elias de Godoy orienta que pessoas estranhas só devem entrar no condomínio com a autorização dos moradores, mesmo que se identifiquem como policiais – exceto em ocorrências de crimes que estejam em situações de flagrante delito, desastres iminentes e mandado judicial, observadas as formalidades legais. 

 

“O porteiro, ou mesmo o zelador, deve sempre se certificar sobre a pessoa que quer entrar no prédio, e para isto deve identificá-la, do lado externo do edifício, verificando sua identidade funcional, além de analisar se possui realmente mandado judicial. E se for algum chamado de emergência, confirmar a solicitação com o condômino, tudo antes de liberar a entrada. Em caso de dúvida, chamar o síndico ou outra pessoa do Conselho de Condôminos para não comprometer a segurança condominial, ou mesmo incorrer em crime de desobediência por obstruir o trabalho policial”, explica.

 

O especialista afirma que o grande segredo para o controle de acesso eficiente é o porteiro não autorizar nada sem a confirmação do morador. “Qualquer estranho que for entrar no condomínio tem que ter autorização de alguém, e não é o porteiro que determina quem entra e quem sai. Ele precisa verificar se aquela pessoa realmente é esperada, e ele mesmo pode orientar o morador, ou mesmo o colaborador doméstico do morador, porque muitas vezes a própria colaboradora, que está lá dentro de casa, acaba autorizando a entrada de estranhos, sem saber por que está autorizando”. 

 

No caso de um prestador de serviço real, a dica é criar uma senha para que seja autorizada a entrada do profissional. “Várias empresas fazem isso. ‘Olha, vai o fulano de tal, a senha que ele vai usar é essa aqui’. Nunca liberar acesso de graça, nem aceitar ninguém que venha, por exemplo, arrumar tal coisa ou fazer serviço se não for chamado. Isso não existe! Acontece muito com operadoras de telefonia e internet. ‘Ah, viemos trocar o cabo, o decodificador’. Mas ninguém avisou nada, não sabe de nada, é realmente uma situação que pode resultar num golpe e, às vezes, até num assalto”.

 

Outro ponto importante é que o morador também precisa contribuir para a própria segurança, da família e dos demais vizinhos. “É preciso conhecer as regras do condomínio e não burlar os procedimentos de segurança. Qualquer estranho que entrar no condomínio – seja ele amigo, parente ou qualquer convidado externo – deve ter autorização expressa do morador naquele momento, via ligação ou WhatsApp. Salvo em casos que haja sistemas de controle de acesso em que ele já libera previamente aquela pessoa para a ocasião, com uma documentação. Tem que ter autorização do morador de uma maneira que não deixe dúvida para administração nem para o porteiro. É a melhor maneira para ajudar a evitar falhas na segurança”.

 

Esse tipo de cuidado do morador pode evitar uma tentativa de golpe que ocorre muito: a de se passar por parente ou hóspede. “Se não houver nada já predeterminado, definido ou escrito, não é para deixar entrar. É necessário consultar realmente o morador sempre”, completa. 

 

Treinamento para funcionários

 

Para que os funcionários saibam como lidar com possíveis invasores, o ideal é que eles passem por treinamentos. Em São Paulo, uma empresa que oferece o serviço é a Suat, que atua no ramo de segurança, exclusivamente especializada e voltada para serviço de Consultoria Empresarial e Condominial. “Dentro dos módulos de treinamento, há o que chamamos dinâmica e simulação, totalmente prático, onde são feitos vários exercícios com o porteiro. Além disso, também realizamos auditorias através de simulações, onde o porteiro não sabe o que está acontecendo e chega alguém lá para tentar entrar no condomínio, sem forçar nada com armamento, só uma conversa para conseguir acesso. O interessante é que, antes dos funcionários serem treinados, em 60% dos casos o nosso pessoal entra”, conta José Elias de Godoy, fundador da empresa”. Segundo o especialista, o ideal é que os treinamentos sejam ministrados a cada três meses e as auditorias, mensalmente. 

 

Por: Fabiana Oliva

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