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Rooftops: atrativos que vão muito além da vista privilegiada

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 26/01/2023

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Em meio às paredes e muros de concreto das grandes cidades, os rooftops podem ser verdadeiros oásis nas alturas que proporcionam relaxamento e mais qualidade de vida. O conceito se refere aos terraços adaptados com atrativos para o lazer em condomínios residenciais ou comerciais.

De acordo com um levantamento feito pela Apto, plataforma que reúne lançamentos imobiliários de construtoras e imobiliárias de todo o Brasil, a piscina, o salão de festas e o espaço fitness estão entre os atrativos mais procurados nesses espaços. De acordo com a pesquisa, a faixa etária que mais se interessa por empreendimentos com esse atributo tem entre 25 e 34 anos. Com relação ao gênero, as mulheres correspondem a 57% do público interessado 

O arquiteto Arildo Andrade de Azevedo explica que esses espaços vêm ganhando cada vez mais valorização. “Com a cidade cada vez mais adensada, e considerando que atualmente a maioria de nós costuma passar muito tempo em espaços fechados, há carência de espaços abertos e em contato com a natureza para lazer e convivência com a família e amigos. Portanto, é imprescindível que a arquitetura projete e construa espaços e soluções voltadas ao bem-estar humano, mais acessíveis e acolhedores”, destaca o profissional. 

Na visão dele, um bom rooftop deve suprir as deficiências do pavimento térreo. “Recomendo ter um solário, por geralmente propiciar maior privacidade para esta atividade do que no térreo. A churrasqueira é também um item bastante requisitado, e é fundamental um bom paisagismo, com uma horta quando couber. É muito importante envolver os moradores no elenco das prioridades, por meio de pesquisa, por exemplo, e contar com um profissional competente para traduzir as demandas e obter o melhor aproveitamento do espaço com as melhores soluções estéticas e de conforto”, comenta. 

 

Projeto detalhado é imprescindível 

Antes de pensar em criar um rooftop, o proprietário ou gestor do condomínio precisa ter em mente um projeto detalhado, para evitar que algo planejado para ser prazeroso se torne um transtorno. A arquiteta Ana Flora Murano elenca alguns erros que devem ser evitados neste sentido. 

O primeiro deles, segundo ela, é achar que os gastos serão pequenos: “No fundo, é uma nova obra. Vai ter hidráulica, elétrica, e dependendo do projeto, estrutura metálica, muita madeira e serralheria. É preciso ter um cuidado especial com a impermeabilização também. O rooftop é uma área que vai ser responsável pela captação das águas pluviais. Fazer uma obra dessas sem projeto arquitetônico e um engenheiro é um risco para toda a estrutura que está embaixo. Trata-se de algo com complexidade técnica”, comenta. 

Outro erro comum, ela frisa, é querer gastar mais nos elementos visíveis e economizar nos que ficam fora de vista: “A qualidade da impermeabilização, da fiação, da tubulação e do próprio cimento utilizado define muito a durabilidade de uma obra. Não adianta comprar um mármore travertino romano caríssimo se tiver que arrancá-lo seis meses depois porque a infraestrutura era de baixa qualidade”. 

 

Espaço é valorizado em empreendimentos residenciais e comerciais 

Arquiteta da CTV Construtora, Priscila Assumpção tem experiência em projetos com rooftops e diz que o ambiente acaba sendo um diferencial na hora da venda do imóvel. “Muitos clientes têm o desejo de morar em condomínios que tenham essa opção, pois, além dos itens de lazer, ainda têm a vista privilegiada. O rooftop é bem aceito tanto para os empreendimentos residenciais quanto para os comerciais. Nos dois casos, funciona como um espaço de descontração, de sair um pouco da atmosfera urbana e densa. Em empreendimentos comerciais, ele é usado especialmente no momento de horário de almoço dos funcionários, pois oferece uma alternativa ao ambiente fechado de escritório”, explica. 

Ela diz que um projeto de rooftop de qualidade deve levar em conta a posição do sol e a direção dos ventos. “É fundamental ter um projeto bem definido de circulação, de disposição dos móveis e dos ambientes, pois o rooftop é uma área aberta e está sujeita a intempéries, como chuvas e ventos, além da exposição ao sol, o que pode comprometer os móveis. Então, é preciso avaliar o que vai ser colocado em cada lugar considerando o nascer e o pôr do sol”. 

O conforto térmico é outro ponto de atenção: “É preciso planejar o rooftop de forma climatizada. No Rio de Janeiro, por exemplo, cidade em que há períodos de muito calor, quando não se pensa nisso, você cria estufas. São ambientes lindos, mas desagradáveis de ficar por causa do desconforto térmico”. 

Ela cita como exemplo o projeto do condomínio Match Residencial, desenvolvido pela empresa no bairro da Vila da Penha. “Projetamos um rooftop muito interessante com piscina, redário e horta. No caso da piscina, há um bom aproveitamento do sol. A horta também é interessante porque a pessoa consegue cultivar uma variedade maior de espécies também pela questão solar positiva. Já o redário é uma área para apreciar a vista externa. É um momento de descontração e relaxamento, e a melhor parte é que o som se propaga para o alto. Então, as conversas não irão incomodar os vizinhos”, diz.  

Por: Gabriel Menezes 

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