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Em alta com o sucesso do filme ‘Barbie’, a cor rosa pode transformar a decoração de ambientes. Confira as dicas de especialistas sobre como usá-la

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/08/2023
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Projeto da arquiteta Letícia de Nóbrega_jpg
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O mundo está um pouco mais cor de rosa desde a estreia do filme “Barbie”, que levou a famosa boneca infantil para as telas de cinema e se transformou num fenômeno de bilheteria. Mas, além de roupas e acessórios, a cor também pode ser um grande diferencial na decoração de ambientes. Com uma paleta suave e sofisticada, é possível criar cenários acolhedores sem exageros. Nesta matéria, especialistas dão dicas para incorporar o rosa em espaços residenciais, elevando o bom gosto. 

 

O arquiteto Victor Niskier destaca que o rosa foi muito presente no estilo Art Décor, especialmente em áreas urbanizadas como Copacabana e Miami Beach no passado. Essa predileção pela cor pode ter sido uma forma de se opor ao simplismo modernista da época. Atualmente, o rosa pode ser utilizado tanto de forma minimalista quanto apelativa, dependendo das intenções do projeto contemporâneo.

 

Ele enfatiza que não há limitações na escolha de mobília e acessórios com base na cor, pois ambas são aspectos importantes da identidade do usuário ou do espaço arquitetônico. Na arquitetura contemporânea, o objetivo é expressar a personalidade, e o rosa pode ser explorado em diversas tonalidades vibrantes ou suaves, podendo ser combinado com tons neutros como branco e cinza.

 

Niskier aponta, no entanto, que existem alguns erros comuns ao utilizar o rosa na decoração: “Por exemplo, esquecer seu valor como elemento de força e exagerar na saturação da cor. Se o objetivo não é chocar — o que pode ser até válido, dependendo do contexto — lembre-se de neutralizar o entorno evitando estampas, grafismos e outros elementos, com até mesmo adornos muitos chamativos. Mas, caso você tenha muita personalidade, esqueça tudo e vá em frente. Mas, aguente a opinião pública, mesmo que de parentes”, diverte-se. 

 

Para usar o rosa na decoração de forma equilibrada, o arquiteto destaca que tudo depende da composição da cor. Em contextos mais pasteurizados com predominância de tons neutros, o rosa pode assumir uma tonalidade suave. Por outro lado, em projetos mais ousados e marcantes, a cor pode ser intensificada com mais vermelho na mistura.

 

O profissional utilizou o rosa como um dos elementos no projeto de um salão com mais de 100 metros quadrados num imóvel para uma mãe e três filhas (veja as imagens na matéria). “O local tem uma das vistas mais lindas que eu já vi. Então, como já tínhamos todos os tons de azul e verde (da paisagem), com uma grande coleção de tapetes persas (onde a base geralmente tem tons vermelho) e uma maravilhosa obra de Adriana Duque, partimos para a predominância do rosa. O resultado, além de muito elegante, ficou divertido”. 

 

Já a arquiteta Cristiane Schiavoni apostou no rosa no projeto de um dormitório para uma jovem cliente. “Um décor monocromático traz o charme necessário para o local. O rosa foi inserido com bastante expressividade neste dormitório. O segredo para essa presença expressar maturidade está no equilíbrio com as cores neutras e o amadeirado que abraça a cama”, explica. 

 

Segundo ela, os tons de rosa e azul refletiram o jeitinho romântico e despojado da jovem moradora. “Bem sabemos que essa fase é aquela em que os jovens adoram montar suas próprias coleções. Essa é uma paixão que começa na adolescência, mas dura o resto da vida. Por isso, é importante um cantinho especial no dormitório para guardar objetos que fazem parte da memória afetiva da pequena mulher, pois eles serão cruciais para o amadurecimento dela. Os Funkos da moradora ganharam prateleiras em L, realizadas em serralheria. Posteriormente, a jovem pode usar as mesmas para colocar fotografias ou memórias que ela queira deixar expostas”, completa. 

 

É importante ter em mente o quanto se quer ousar

 

A arquiteta Letícia de Nóbrega afirma que todas as cores podem ser utilizadas em um ambiente, e o rosa não é exceção. O que depende é o quão se quer ousar. O rosa pode partir de um tom bem claro, como os usados em quartos infantis, por exemplo, em pequenos objetos, como também estar presente em uma parede recheada de quadros e outros detalhes, servindo como um painel para a galeria.

 

“Para os que adoram mergulhar de cabeça na cor e suas possibilidades, pode ser uma ideia apostar na paleta monocromática. Mas se não sentir segurança em um espaço todo de apenas um tom, brincar com a combinação do rosa com outras cores, como verde, amarelo ou azul, ajuda a equilibrar as coisas. O rosa vai do estilo romântico e vintage ao modernista e contemporâneo”, destaca. 

 

A gama de possibilidades também se estende aos móveis e acessórios. Além das tradicionais almofadas e mantas, Letícia incentiva o uso do rosa em vasos de flores e plantas, bem como em peças de mobiliário, como sofás, armários, cadeiras e poltronas. Até mesmo papel de parede e luminárias podem ser opções interessantes para incorporar o rosa na decoração.

 

“Acredito, no entanto, que um erro seja o excesso sem alguns pontos de fuga, de neutralidade. O rosa casa bem com elementos em marcenaria que, além de serem confortáveis aos olhos, trazem a sensação de aconchego. Diria até que uma base preta ou branca fica até melhor do que a madeira. Entretanto, podemos dizer que é uma situação relativa. Algumas pessoas gostam desse exagero. O que vale é expressar sua personalidade no ambiente e deixá-lo harmonioso”, comenta a especialista. 

 

Letícia menciona o surgimento do “Barbiecore“, um estilo que abraça o exagero da cor rosa nos ambientes. Essa tendência tem ganhado popularidade, permitindo que as pessoas se expressem e criem ambientes ousados e divertidos.

Por: Gabriel Menezes

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