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Gerador de energia: uma necessidade da vida moderna?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 02/01/2024

steel pipelines and cables in a plant,Industrial zone.
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Juliana Marques

 

Ficar sem luz é uma situação que todo condomínio gostaria de evitar, e justamente por isso é cada vez mais comum a presença de um gerador de energia predial. O equipamento vai além de livrar os condôminos de subir vários lances de escada quando se tem uma queda de energia, comum em diversas regiões em épocas de chuva. Ele é um fator fundamental quando falamos de segurança do condomínio.

 

O que pode afastar administradores e síndicos da aquisição de um gerador de energia é o valor necessário para o investimento. Apesar de ser considerado alto para a maioria, muitos já estão se planejando para a compra do equipamento como a melhor forma de unir economia à funcionalidade dos geradores. Isso porque ele irá garantir que, mesmo durante um apagão, elevadores, portões automáticos, sistemas de segurança, portaria remota e luzes das áreas comuns continuem funcionando. 

 

Benefícios para o condomínio

O principal benefício do gerador para o condomínio é justamente evitar que este fique sem energia durante determinado período quando ocorre a falha de transmissão das linhas públicas para o interior do condomínio. O período das 18h às 21h é considerado o horário de pico do consumo de energia elétrica. Ela passa a ser oferecida nesse período por um custo mais elevado, pois o aumento da demanda pela energia gera o aumento no preço do consumo.

Desta forma, a presença de um gerador de energia no condomínio proporciona economia de custo, já que o equipamento poderia assumir a função de fornecer energia elétrica ao condomínio durante o horário de pico, além dos momentos em que a rede de distribuição pública falhar.

O que considerar ao escolher um gerador?

Já vimos que o gerador de energia apresenta uma série de benefícios para os condomínios. Contudo, para que as vantagens sejam realmente absorvidas na sua implantação, é necessário que isso seja feito da maneira correta. 

É importante saber que a principal diferença entre os geradores é sua potência, medida em KVA (kilovoltampere). Ela determinará quanto tempo ele pode se manter ligado para alimentar os equipamentos durante um apagão, por exemplo. Quanto maior for a quantidade de KVA do equipamento, maiores serão as quantidades de equipamentos que ele conseguirá manter em funcionamento. 

Geralmente, um gerador contém o acionamento, além de um tanque de combustível, que alimenta o motor. Em conjunto, eles formam o grupo gerador de energia e suprem o funcionamento necessário de abastecimento elétrico. O tanque pode ser abastecido com gás natural, biocombustível ou etanol, embora o mais comum ainda seja o gerador abastecido a diesel.

O condomínio deve contratar uma empresa especializada e licenciada para fazer a manutenção do gerador de forma periódica. A empresa poderá apresentar um plano de manutenção onde avaliará o local ideal para a instalação do equipamento, considerando segurança e funcionalidade, além de espaço, localização, barulho e poluição emitida. 

Além da potência, as configurações do gerador também determinam o tempo que ele ficará ligado, bem como o consumo do condomínio (quantas vezes o elevador será utilizado, por exemplo). O indicado são modelos de geradores com autonomia de, no mínimo, 6 horas. “Geralmente, um equipamento de 60 KVA consegue suportar um elevador e as luzes das áreas comuns. Já um gerador de 85 KVA pode chegar a levar até três elevadores, principalmente se forem dos modelos novos, mais econômicos”, explica Leonardo Rangel, técnico da empresa SB Lok

 

Além disso, o equipamento deve ficar em um local trancado sem acesso ou circulação de pessoas. “É indicado que fique próximo ao quadro de força, além de melhorar a logística de utilização e instalação, também economiza no cabeamento. Muitos condomínios instalam o grupo de geradores na garagem, mas se não houver espaço, há modelos que podem ser colocados ao ar livre”, complementa Leonardo. Em média, um gerador de 60 KVA demanda um espaço útil entre 6m² e 9m². 

Em projetos recentes, é comum que os condomínios apresentem um espaço específico para o gerador, como é o caso do Condomínio do Edifício Isla Único, em Niterói/RJ. Entregue em 2020, o empreendimento já previu em sua construção um espaço na parte inferior do prédio para a instalação de um gerador de pequeno porte. “O condomínio tem 8 andares, possui 2 elevadores inteligentes, portaria remota e um sistema de segurança totalmente digital, e como aqui na região é comum a falta de luz, vimos a necessidade de adquirir um gerador para nos suprir quando há queda de energia”, afirma Alberto Levitan, um dos administradores do condomínio.

Aspectos legais e ambientais

 

Apesar de não ser obrigatório em edificações, há uma série de regras, previstas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que a empresa contratada deve seguir para a instalação de geradores com segurança para o local. As NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e NBR ISO 8528-7 são algumas delas. 

 

Em São Paulo, há ainda a Lei 15.095, que, desde 2012, obriga os geradores a usarem um oxicatalisador. Essa peça serve como uma espécie de filtro instalado dentro do gerador que ajuda a diminuir os resíduos da combustão gerada pelo equipamento. Instalados nos escapes dos geradores, os oxicatalisadores fazem a purificação do ar, eliminando até 95% de monóxido de carbono dos combustíveis fósseis.

 

No entanto, para diminuir os efeitos da utilização de geradores, existem soluções que buscam impactar menos o meio ambiente, como os geradores de energia sustentável, por exemplo, que funcionam à base de gás natural. Esse tipo de gerador consegue reduzir em até 90% os gases emitidos em comparação aos geradores convencionais a diesel. Além disso, eles têm uma maior facilidade em sua operação, já que as ligações de gás podem vir diretamente de tubulações da rede pública, eliminando a necessidade de tanques de combustível.

 

Para a engenheira ambiental, Vitória Rosa, além dos oxicatalisadores, o ideal é que prédios, casas e imóveis comerciais possam utilizar cada vez mais geradores de energia renovável. “Os geradores movidos a combustíveis fósseis são nocivos ao meio ambiente, mas hoje já podemos contar com equipamentos capazes de reduzir esse dano. O gerador a gás é uma ótima alternativa porque ao invés de utilizar combustível diesel, utiliza a queima de gás natural para gerar energia mecânica, que por sua vez é transformada em energia elétrica”, defende. 

 

Entre os benefícios mais comuns do uso de um gerador a gás estão a economia de combustível de até 35% e o nível de ruído 20% menor em relação aos motores a diesel. Isso se dá em função da menor taxa de compressão nos cilindros. Mas o principal benefício, sem dúvida, é a menor quantidade de poluentes lançados no meio ambiente. “Os motores a gás emitem menos particulados, ou seja, menos hidrocarbonetos e NOx (Nitrogênio + Oxigênio). Traduzindo, praticamente não produzem fuligem ou cinzas. No caso do gás natural a emissão é em torno de 25% menor que do óleo diesel”, finaliza Vitória.

Escolher o gerador ideal para o seu condomínio é fundamental para que você obtenha um excelente resultado durante a instalação deste importante equipamento. Além de contribuir para a segurança do condomínio e até na preservação do meio ambiente, os geradores apresentam inúmeras vantagens e já são considerados uma necessidade para a vida contemporânea.

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