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Começou com o pé direito, o IX Congresso GPU no Rio de Janeiro 

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 22/11/2023

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Começou hoje o IX Congresso GPU para Sindicos Profissionais e Gestores de Propriedades Urbanas, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Após palestra motivacional do campeão olímpico César Cielo, e abertura do CEO da GPU, Giovani Oliveira, que abordou as novas unidades de negócios da empresa- plataforma Doitt, Portal Revista Sindico, GPU Academy e Eventos, a primeira palestra do dia  “Desvendando os segredos do sucesso na gestão de 150+”, moderada por Edgar Poschetzky, CEO da APSA, reuniu sindicos profissionais que conseguiram crescer e hoje possuem empresa que cuidam de mais de 150 condomínios.
Maicon Guedes, advogado e gestor de condomínios com empresa em 10 estados e 223 condomínios geridos, a Informma Síndicos,   reforçou que deixou o jeito artesanal de lado. “Passei a usar tecnologias e equipes muito bem treinadas que propiciaram o melhor atendimento. Quando deixei de pensar como síndico e passei a pensar como empresário, consegui crescer. Passei a pensar mais em como faturar mais e menos na operação do dia a dia dos condomínios. A gente tem que vender os benefícios do nosso trabalho”, disse.
José Henrique Hornung fundou sua empresa de síndicos profissionais em Porto Alegre em 2009, a PH3 e hoje administra 200 condomínios.
“Quem quer escalar precisa ter uma marca por trás e não uma pessoa. A maior dificuldade para crescer é encontrar pessoas ou desenvolvê -las na forma que desejamos para cumprir metodologias e  diretrizes da nossa empresa. Hoje 80% das pessoas que trabalham comigo são meus ex alunos.
Lucas Martins, também sócio da PH3, atua há 17 anos e trabalhou em várias grandes admnistradoras  e reforçou que
para ganhar mais, precisam cobrar mais. “Mas tem pessoas no mercado cobrando um quinto do que cobro. Então minha dica é você definir qual a sua capacidade, a sua qualidade e quanto você quer ganhar pra oferecer isso. E buscar os clientes que estão em busca dessa qualidade que você oferece. Os sindicos profissionais precisam explorar melhor seus relacionamentos e buscar quem possa melhor remunerar seu trabalho. E esse relacionamentos são com fornecedores, com todos os envolvidos no segmento. Temos que definir bem o nicho que queremos atender. Bons condomínios pagam bem. Mas temos que atender muito bem para alcançá-los e mantê-los”.
Lucas reforçou que adotou a estratégia de ter uma administradora como principal parceira. “Esse relacionamento faz toda a diferença. E não há problema em ter uma apenas. Quem tem muitos, não tem nenhuma. Precisamos estar perto de quem é grande, relevante. Tenho segurança, é muito mais fácil pra nós em vários aspectos.
Conflito nas comunicações urgentes como o WhatsApp- Um dos pontos abordados foi que o aplicativo tem seu lado maravilhoso, mas é uma ferramenta que também atrapalha pois as pessoas perdem a noção de horários e os acionam em horários inadequados. ” As regras precisam ser criadas antes. Condomínios têm todos os elementos do mundo para dar errado. Tudo é difícil. Devemos como sindicos, assumir o protagonismo e não ficarmos a mercê de conselheiros que sobressaem os direitos coletivos. Nós operadores do mercado é que temos que ditar as regras do mercado. Não podemos ter medo de perder contratos. Quando o síndico está se submetendo a muita s condições ruins, o melhor a fazer é sair. Sejam marcantes e assumam suas posiçoes”.
Maicon complementa  que hoje os aplicativos são mais adequados do que o WhatsApp.  “Essa ferramenta é apenas para questões realmente muito urgentes”.
Por fim Lucas recomendou a participação de eventos, buscar conhecimento do que está acontecendo em outros lugares e até fora do país. “Traçam objetivos de curto e longo prazo”.

No IX Congresso GPU para sindicos profissionais e gestores de propriedades urbanas, nesta quartafeira, no Copacabana Palace, a palestra Prestação de Contas 2.0: Transformando a Gestão Financeira do Condomínio, contou com a participação de Paulo Ribeiro, gerente de Negócios da APSA, especializado em Gestão de Condomínios Clube e Controle das Atividades do Centro de Serviços Compartilhados; José Maria, síndico profissional e GPU e Rita Muniz Faria, servidora federal, conselheira de condomínio nos anos de 2018; 2021 e 2022, e atualmente subsíndica.

José Maria lembrou a administração de um condomínio com diversas fraudes, furtos, uso de notas frias. “Era um desastre total. Estou lá há mais de 18 anos e consegui sanear o condomínio.

Além do que é registrado , o Conselheiro tem que acompanhar as execucoes do que foi acordado em contrato. Aquele que lança o pagamento, ele deve saber os documentos necessários, o serviço tem que ser mensurado, tem que se olhar o respeito às normas trabalhistas. O condomínio tem responsabilidade subsidiária. E essa responsabilidade recai sobre o CPF dele. Quem gere isso, tem que fazer pesquisas de preço. A responsabilidade na qualidade de conselheiro, ela perpassa a questão administrativa. Existem cursos de acompanhamento de execução de contrato. Muitas vezes esses contratos são ralos por onde saem o dinheiro do condomínio. Temos que ter transparência e a tecnologia permite isso. Conseguimos linkar a fiscalização do conselho com a administração” falou Maria Rita

Paulo Ribeiro complementou como as pastas digitais ajudaram nessa evolução.

“Na minha planilha, tenho as médias mensais de custos. Quando as informações chegam da admnistradora elas batem com a minha planilha. Se houver algo fora da curva, imediatamento identifico. Assim consigo fazer previsões para obras e outros investimentos. Comunico aos moradores através de TV, WhatsApp em que apenas eu informo, minha planilha é transparente e todos sabem o que acontece a qualquer momento no prédio. O síndico tem que ser transparente e prestar contas. A chancela das contas é o mais importante”, relatou José Maria.

Antigamente era muito mais difícil. Toda nota que seguia para a administrativa tinha assinatura do síndico e subsindico. Mas haviam máfias que não nos deixavam evoluir. Cheguei a ir em delegacia e fazer BO. Mas hoje a transparência é tão grande, que com apenas a minha assinatura vai para o pagamento. Implantar um conceito de que o conselheiro é importante como fiscalizador foi difícil, mas conseguimos implantar. Hoje o conselho é ativo”.

“Fazemos análises mês a mês dos custos. E precisamos de profissional qualificado para fazer isso. É ilusão achar que o síndico tem essa capacidade. É imprescindível que tenhamos rubricas orçamentárias e controle da destinação orçamentária, de acordo as previsões. Quando não tínhamos síndico profissional, os contratos eram mal elaborados e mal executados. Com o controle atual, conseguimos fazer benfeitorias”, acrescentou Maria Rita.

“Antigamente uma assembleia durava quatro horas e hoje duram no maximo 30 minutos.  A transparência trouxe isso. Não há muito mais o que se discutir.

A gestão realmente mudou muito. A prestação de contas está transformada. E o acompanhamento é diário. Acabou aquilo de apresentar dados de 12 meses numa assembleia.” disse Paulo Ribeiro.

“Hoje além da transparência, temos comunicação mais direta. Minha dica é que os conselheiros busquem conhecer todas as suas atribuições. Gerir nao é para leigos e precisa ter qualificação para gerir o dinheiro dos outros. A boa gestão perpassa por todos e o conselheiro deve zelar por esta gestão transparente”, finalizou Maria Rita.

 

Por: Adriana Enne de Rezende Hartz
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