Começou com o pé direito, o IX Congresso GPU no Rio de Janeiro
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 22/11/2023
Gestão
No IX Congresso GPU para sindicos profissionais e gestores de propriedades urbanas, nesta quartafeira, no Copacabana Palace, a palestra Prestação de Contas 2.0: Transformando a Gestão Financeira do Condomínio, contou com a participação de Paulo Ribeiro, gerente de Negócios da APSA, especializado em Gestão de Condomínios Clube e Controle das Atividades do Centro de Serviços Compartilhados; José Maria, síndico profissional e GPU e Rita Muniz Faria, servidora federal, conselheira de condomínio nos anos de 2018; 2021 e 2022, e atualmente subsíndica.
José Maria lembrou a administração de um condomínio com diversas fraudes, furtos, uso de notas frias. “Era um desastre total. Estou lá há mais de 18 anos e consegui sanear o condomínio.
Além do que é registrado , o Conselheiro tem que acompanhar as execucoes do que foi acordado em contrato. Aquele que lança o pagamento, ele deve saber os documentos necessários, o serviço tem que ser mensurado, tem que se olhar o respeito às normas trabalhistas. O condomínio tem responsabilidade subsidiária. E essa responsabilidade recai sobre o CPF dele. Quem gere isso, tem que fazer pesquisas de preço. A responsabilidade na qualidade de conselheiro, ela perpassa a questão administrativa. Existem cursos de acompanhamento de execução de contrato. Muitas vezes esses contratos são ralos por onde saem o dinheiro do condomínio. Temos que ter transparência e a tecnologia permite isso. Conseguimos linkar a fiscalização do conselho com a administração” falou Maria Rita
Paulo Ribeiro complementou como as pastas digitais ajudaram nessa evolução.
“Na minha planilha, tenho as médias mensais de custos. Quando as informações chegam da admnistradora elas batem com a minha planilha. Se houver algo fora da curva, imediatamento identifico. Assim consigo fazer previsões para obras e outros investimentos. Comunico aos moradores através de TV, WhatsApp em que apenas eu informo, minha planilha é transparente e todos sabem o que acontece a qualquer momento no prédio. O síndico tem que ser transparente e prestar contas. A chancela das contas é o mais importante”, relatou José Maria.
Antigamente era muito mais difícil. Toda nota que seguia para a administrativa tinha assinatura do síndico e subsindico. Mas haviam máfias que não nos deixavam evoluir. Cheguei a ir em delegacia e fazer BO. Mas hoje a transparência é tão grande, que com apenas a minha assinatura vai para o pagamento. Implantar um conceito de que o conselheiro é importante como fiscalizador foi difícil, mas conseguimos implantar. Hoje o conselho é ativo”.
“Fazemos análises mês a mês dos custos. E precisamos de profissional qualificado para fazer isso. É ilusão achar que o síndico tem essa capacidade. É imprescindível que tenhamos rubricas orçamentárias e controle da destinação orçamentária, de acordo as previsões. Quando não tínhamos síndico profissional, os contratos eram mal elaborados e mal executados. Com o controle atual, conseguimos fazer benfeitorias”, acrescentou Maria Rita.
“Antigamente uma assembleia durava quatro horas e hoje duram no maximo 30 minutos. A transparência trouxe isso. Não há muito mais o que se discutir.
A gestão realmente mudou muito. A prestação de contas está transformada. E o acompanhamento é diário. Acabou aquilo de apresentar dados de 12 meses numa assembleia.” disse Paulo Ribeiro.
“Hoje além da transparência, temos comunicação mais direta. Minha dica é que os conselheiros busquem conhecer todas as suas atribuições. Gerir nao é para leigos e precisa ter qualificação para gerir o dinheiro dos outros. A boa gestão perpassa por todos e o conselheiro deve zelar por esta gestão transparente”, finalizou Maria Rita.