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O que você precisa saber sobre câmeras de segurança!

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 02/01/2024

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Mario Camelo

 

As câmeras de segurança são uma ferramenta eficaz para prevenir e combater crimes, identificar infratores e manter a ordem e a tranquilidade nos condomínios. Elas são um investimento importante para a segurança dos moradores e contribuem para criar um ambiente residencial mais seguro e resiliente. Por isso, é importante ter alguns cuidados desde o momento da instalação dos equipamentos e no dia a dia. 

 

Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Selma Migliori explica que ao escolher os locais para a instalação de câmeras de segurança em um condomínio, é crucial considerar pontos estratégicos que cubram áreas de entrada e saída, pontos de acesso críticos, como portões e áreas comuns. A visibilidade, iluminação e a necessidade de monitoramento específico também devem ser levadas em conta para garantir uma cobertura eficaz. 

 

“Áreas como entradas principais, garagens, elevadores, corredores e locais de alto tráfego devem receber atenção especial na instalação das câmeras. Além disso, é importante focar em pontos vulneráveis que possam ser alvos de atividades suspeitas ou invasões”. 

 

Após a instalação, ela destaca que é preciso tomar algumas medidas essenciais, que incluem treinamento adequado para a equipe de monitoramento, manutenção regular do sistema, atualizações de software, integração com outros sistemas de segurança e envolvimento ativo dos moradores na promoção da segurança.

 

“Os avanços tecnológicos constantes exigem atualizações para garantir que os sistemas de segurança estejam equipados com as últimas ferramentas e recursos de proteção. Isso assegura a eficácia contínua diante das ameaças em evolução”. 

 

Além de equipamentos adequados, é preciso garantir um serviço de qualidade

 

A instalação inadequada das câmeras de segurança é um problema comum hoje em dia nos condomínios. A afirmação é de Eduardo Furtado, sócio da Rentel – Soluções Inteligentes, empresa do ramo sediada em Copacabana. 

 

“A questão é que, muitas vezes, as pessoas querem economizar, então, apesar de terem comprado equipamentos razoáveis, contratam um serviço inadequado, que fará a instalação negligenciando a estrutura e os cabos. Isso pode resultar em problemas a longo prazo. No início, tudo pode parecer funcional, mas a realidade se revela em alguns meses, especialmente com as condições climáticas adversas, como o calor intenso e as chuvas frequentes no Rio de Janeiro. Os cabos, que não foram projetados para resistir a essas condições, começam a apresentar falhas. A água infiltrada gera interferências na qualidade da imagem, deixando o sistema comprometido”, explica. 

 

Pela sua experiência, ele diz que câmeras com valores entre R$180 e R$250 funcionam muito bem para condomínios. Ao optar por modelos mais caros, a vantagem é que as imagens terão mais resolução no momento de um eventual problema, por exemplo, com um zoom nítido capaz de identificar pequenos detalhes. Ao mesmo tempo, quanto maior a qualidade da imagem, mais espaço ela ocupará quando armazenada. Isso significa que, apesar de permitir uma visualização mais detalhada, uma imagem de maior resolução ocupará mais espaço de armazenamento, resultando em menos tempo disponível para a gravação contínua. 

 

Ferramenta teve evolução notável ao longo dos anos

 

Cláudio Boghi é síndico e especialista em tecnologia da informação, à frente da empresa Boghi Consultoria em TI de desenvolvimento e implantação de software e da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Ele afirma que a evolução dos sistemas de câmera de segurança ao longo dos anos tem sido notável, impulsionada por avanços tecnológicos em diversas áreas. Com isso algumas mudanças importantes ocorreram. Entre elas, o avanço para Alta Definição: a mudança de câmeras analógicas para câmeras IP permitiu uma melhoria significativa na resolução, indo de SD para HD, Full HD e até 4K. Isso proporciona imagens mais nítidas e detalhadas.

 

Além disso, a transição de câmeras analógicas para câmeras IP trouxe uma revolução na conectividade. Câmeras IP permitem a transmissão de vídeo por redes IP, possibilitando o monitoramento remoto pela internet. Muitas câmeras agora incorporam, ainda, LEDs infravermelhos para oferecer visibilidade em condições de baixa luminosidade ou na escuridão total.

 

“Algumas câmeras são capazes de realizar análise de vídeo para identificação de padrões, como reconhecimento facial e detecção de objetos, fora a capacidade de identificar comportamentos fora do padrão. Também tem sido percebido maior ênfase em soluções de armazenamento em nuvem, oferecendo acesso remoto e backup seguro; e maior interoperabilidade com sistemas de alarme, controle de acesso e outros dispositivos de segurança”, destaca. 

 

Com a evolução dos sistemas de câmeras, as preocupações com a privacidade dos moradores também aumentaram. Boghi explica que todo o sistema de segurança precisa estar embasado na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com isso o morador terá mais segurança com sua privacidade. 

 

Ele acrescenta que várias práticas e tecnologias foram desenvolvidas para abordar essas questões. Uma delas é o acesso restrito e controle de autorização ao sistema de gravações: “É essencial a implementação de sistemas rigorosos de controle de acesso para garantir que apenas pessoal autorizado tenha acesso às gravações das câmeras. Isso ajuda a prevenir o uso indevido das informações e protege a privacidade dos moradores. Além disso, recomendo a utilização de protocolos de criptografia robustos para proteger as transmissões de vídeo e garantir a segurança dos dados. Isso minimiza o risco de interceptação por terceiros não autorizados”. 

 

Outro ponto, destaca, é o aconselhamento jurídico especializado para garantir que os sistemas de câmeras estejam em conformidade com as leis e regulamentações locais. Alguns advogados especializados podem orientar sobre as melhores práticas para equilibrar a segurança e a privacidade.

 

“O equilíbrio entre a segurança proporcionada pelos sistemas de câmeras e o respeito à privacidade dos moradores é uma consideração crítica. A implementação de práticas e tecnologias que abordam essas preocupações é essencial para garantir um ambiente seguro e ao mesmo tempo respeitoso aos direitos individuais. O diálogo aberto entre a administração do condomínio, moradores e especialistas em privacidade é fundamental para encontrar soluções que atendam às necessidades de segurança sem comprometer a privacidade”, conclui.

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